Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Passos Coelho garante que não existe derrapagem orçamental

O primeiro-ministro garantiu esta sexta-feira, durante o debate quinzenal, que o Governo está a “cumprir em matéria de execução orçamental” e que a dívida pública “não está descontrolada”, como tinha acusado o líder da oposição, António José Seguro. Para o secretário-geral do PS “não está a haver consolidação orçamental”.

  • 26
  • ...

Os números da execução orçamental de Abril, divulgados esta quinta-feira pela Direcção-Geral do Orçamento, e da dívida pública, anunciados pelo Banco de Portugal, foram tema de um aceso debate entre o primeiro-ministro e o líder do maior partido da oposição.

 

Enquanto Pedro Passos Coelho garantia que “não existe derrapagem orçamental”, António José Seguro acusava o Governo de não estar a “consolidar as contas públicas”. “Como pode dizer que está a haver uma consolidação das contas públicas quando a execução orçamental [de Abril] mostra que houve um aumento do défice de 600 milhões de euros entre Abril de 2012 e Abril de 2013 e a dívida pública subiu para 127,3% do PIB”?, perguntou António José Seguro a Pedro Passos Coelho”.   

 

Na resposta o primeiro-ministro garantiu que as metas da execução orçamental estão a ser cumpridas e que o nível da dívida pública está dentro do previsto. “A consolidação orçamental está a ser feita (…) mas dá jeito ao seu discurso dizer que há derrapagem orçamental”, acusou Pedro Passos Coelho.

 

“Estamos abaixo da meta da execução orçamental [acordada com a troika]. Estamos baixo dos níveis definidos para a dívida pública”, garantiu o primeiro-ministro.

 

Os números divulgados esta quinta-feira, 23 de Maio, pela Direcção-Geral do Orçamento mostram que, até Abril, o défice orçamental do Estado e da Segurança Social aumentou cerca de 600 milhões de euros face a 2012, ficando nos 2.468 milhões de euros.

 

Este é o resultado de duas dinâmicas negativas. A despesa está a crescer mais do que o orçamentado (6,4% contra 3,8% implícitos na proposta do Orçamento do Estado) enquanto a receita está aquém do desejado, com os impostos directos a crescerem menos do que o previsto (17,9% contra a meta de 21,5%) e os indirectos a caírem. As receitas das contribuições da Segurança Social também estão a desiludir, com um crescimento de 4% contra uma meta de 8%.  

 

Já o valor da dívida pública portuguesa calculado na óptica de Maastricht – a que conta para o procedimento das dívidas excessivas em Bruxelas e que assume como limite o equivalente a 60% do PIB – subiu para 127,3%, segundo os valores acumulados até Março (inclusive) divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal. No final de 2012 situava-se em 123,6% do PIB. 

 

Os dados, que constam do boletim estatístico, revelam que a dívida pública agravou-se em 3.808 milhões de euros, ao passar de 204.485 milhões de euros no final de 2012 para 208.293 milhões no final do primeiro trimestre de 2013.

Ver comentários
Saber mais Pedro Passos Coelho António José Seguro debate quinzenal dívida pública execução orçamental
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio