A Segurança Social continua a gastar mais do que no ano passado para cobrir os encargos com os subsídios de desemprego.

Nos primeiros quatro meses do ano, a despesa da Segurança Social com subsídios de desemprego e apoio ao emprego fixou-se nos 972 milhões de euros, o que representa um agravamento de 13,9% face aos 853,3 milhões de euros registados no período homólogo, revelam os dados divulgados esta quinta-feira, 23 de Maio, pela Direcção-Geral de Orçamento.

A evolução de Abril é ligeiramente inferior à do mês anterior, onde a subida homóloga das despesas tinha sido de 14,5%.

Não há ainda valores de desemprego para Abril mas a taxa de desemprego fixou-se em 17,7% no primeiro trimestre do ano, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo, se Abril sentiu a mesma variação que o mês anterior, o número de beneficiários das prestações sociais ligadas ao desemprego recuou.

A rubrica das prestações sociais ligadas ao desemprego contribuiu, nos primeiros quatro meses de 2013, para o aumento dos encargos efectivos da Segurança Social.

“A despesa efectiva acumulada do subsector da Segurança Social foi de 8.063,1 milhões de euros até Abril, o que representa um acréscimo de 8,6% face ao período homólogo”, indica o relatório da execução orçamental com encargos acumulados até Abril.

O comportamento da despesa com pensões foi o que deu o maior impulso para que se tenha verificado um acréscimo da despesa efectiva. No caso das pensões, em que estão incluídos os quatro primeiros duodécimos correspondentes ao 13º mês dos pensionistas, o avanço homólogo em Abril foi de 10,6%, tal como no mês anterior, fixando-se esta rubrica em 4.708,5 milhões de euros. 

Estes dados estão inseridos na execução que mostra que o défice das contas públicas nacionais se agravou no período entre Janeiro e Abril.