Notícia
Governo: "Avanços reconhecidos" por Bruxelas resultam de "estratégia de equilíbrio"
Na reacção ao relatório da Comissão sobre a sexta missão pós-programa, Mário Centeno destaca a aproximação das previsões de Bruxelas para o défice em relação às defendidas por Portugal e a revisão em alta do crescimento da economia. Mas corrigiu entretanto a leitura.
O Ministério das Finanças sublinhou que as previsões de Bruxelas para a evolução da economia e do défice estão a encaminhar-se para valores próximos das do Executivo e que os "avanços reconhecidos" pelo executivo comunitário resultam da "estratégia de equilíbrio" seguida por Portugal.
"Os avanços reconhecidos pela Comissão decorrem da estratégia de equilíbrio seguida pelo Governo, desde o início da legislatura, que alia o rigor na gestão das contas públicas com a recuperação da economia," escreveu o ministério liderado por Mário Centeno em comunicado enviado às redacções, depois de a Comissão Europeia ter dado a conhecer o relatório da sexta missão da avaliação pós-programa de estabilidade e crescimento a que o país foi submetido durante a época da troika.
Um comunicado que - contudo - seria mais tarde, já que na sua primeira versão o documento referia que a Comissão tinha revisto "em baixa a sua projeção para o défice de 2017", o que não aconteceu de facto neste relatório. A versão seguinte do comunicado acrescentava que essa revisão tinha acontecido em relação ao "relatório da 5ª Missão do PPS, publicado em Março de 2017." Entretanto houve previsões da Primavera da Comissão e - aí sim - foram melhoradas as perspectivas.
Ainda assim, o gabinete de Centeno dá ainda conta de uma "aproximação" dos números comunitários em relação às projecções do Governo, destacando que Bruxelas reviu "em baixa a sua projecção para o défice de 2017", tal como "aconteceu em 2016".
"Tanto para 2017 como para 2018, riscos positivos para a previsão da Comissão poderão implicar uma melhoria contínua das previsões macroeconómica, afectando positivamente o défice nominal mas não o estrutural," salienta o relatório de Bruxelas, que na Primavera via o défice a ficar em 1,8% este ano enquanto o Governo prevê 1,5%.
A nova versão do comunicado do ministério suprimiu também referência ao facto de, no relatório, o crescimento económico recente superar "as actuais projecções da Comissão." Bruxelas repete sim no documento a subida do produto de 2,8% este ano que já constava das previsões da Primavera. Mas deixa uma visão positiva para futuro:
"De uma forma geral, os desenvolvimentos económicos recentes apontam para dinâmicas de crescimento mais favoráveis, comparadas com as previsões de Primavera da Comissão," lê-se no relatório de Bruxelas.
Além das notas positivas que o Governo diz terem sido dadas à evolução do emprego e do desemprego, as Finanças apontam ainda nota favorável do executivo comunitario ao trabalho feito na estabilização da banca, "sector descurado durante o Programa de Ajustamento".
O Executivo termina afirmando que a estratégia de contenção do défice e de crescimento económico "é possível também devido à actuação decisiva na resposta aos constrangimentos estruturais do país (...) [com o objectivo de] gerar um crescimento sustentável e inclusivo."
(Notícia actualizada às 17:13 depois de correcção ao comunicado do Ministério das Finanças)
"Os avanços reconhecidos pela Comissão decorrem da estratégia de equilíbrio seguida pelo Governo, desde o início da legislatura, que alia o rigor na gestão das contas públicas com a recuperação da economia," escreveu o ministério liderado por Mário Centeno em comunicado enviado às redacções, depois de a Comissão Europeia ter dado a conhecer o relatório da sexta missão da avaliação pós-programa de estabilidade e crescimento a que o país foi submetido durante a época da troika.
Ainda assim, o gabinete de Centeno dá ainda conta de uma "aproximação" dos números comunitários em relação às projecções do Governo, destacando que Bruxelas reviu "em baixa a sua projecção para o défice de 2017", tal como "aconteceu em 2016".
"Tanto para 2017 como para 2018, riscos positivos para a previsão da Comissão poderão implicar uma melhoria contínua das previsões macroeconómica, afectando positivamente o défice nominal mas não o estrutural," salienta o relatório de Bruxelas, que na Primavera via o défice a ficar em 1,8% este ano enquanto o Governo prevê 1,5%.
A nova versão do comunicado do ministério suprimiu também referência ao facto de, no relatório, o crescimento económico recente superar "as actuais projecções da Comissão." Bruxelas repete sim no documento a subida do produto de 2,8% este ano que já constava das previsões da Primavera. Mas deixa uma visão positiva para futuro:
"De uma forma geral, os desenvolvimentos económicos recentes apontam para dinâmicas de crescimento mais favoráveis, comparadas com as previsões de Primavera da Comissão," lê-se no relatório de Bruxelas.
Além das notas positivas que o Governo diz terem sido dadas à evolução do emprego e do desemprego, as Finanças apontam ainda nota favorável do executivo comunitario ao trabalho feito na estabilização da banca, "sector descurado durante o Programa de Ajustamento".
O Executivo termina afirmando que a estratégia de contenção do défice e de crescimento económico "é possível também devido à actuação decisiva na resposta aos constrangimentos estruturais do país (...) [com o objectivo de] gerar um crescimento sustentável e inclusivo."
(Notícia actualizada às 17:13 depois de correcção ao comunicado do Ministério das Finanças)