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Dívida pública cresce para 275,8 mil milhões em janeiro com certificados de aforro a subir

A dívida pública aumentou 3,2 mil milhões de euros, em comparação com o mês anterior. A contribuir para essa subida no arranque do ano estiveram sobretudo as subidas registadas nas emissões de certificados de aforro e nas emissões líquidas de títulos de dívida.

O Banco de Portugal continua a reforçar as compras de dívida pública, ao abrigo dos dois programas do BCE que estavam em vigor no final de 2021.
João Santos
01 de Março de 2023 às 12:00
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A dívida pública, na ótica de Maastricht (a que conta para Bruxelas), aumentou para 275,8 mil milhões em janeiro, segundo os dados avançados esta quarta-feira o Banco de Portugal (BdP). A justificar esta subida no arranque do ano estiveram sobretudo as emissões de certificados de aforro e as emissões líquidas de títulos de dívida.

Em comparação com o mês de dezembro, a dívida pública aumentou 3,2 mil milhões de euros. "O crescimento das responsabilidades em depósitos (2,1 mil milhões de euros), com destaque para as emissões de certificados de aforro, e as emissões líquidas de títulos de dívida (1,3 mil milhões de euros) contribuíram para esta evolução", explica o BdP.

O contributo do crescimento das responsabilidades em depósitos para a evolução da dívida pública fez com que, em janeiro, se registasse o maior aumento mensal da dívida desde julho de 2020 (1,2%). Essa subida acontece também depois de três meses seguidos de diminuição da dívida do Estado.

Tal como já tinha sido divulgado pelo BdP na semana passada, só em certificados de aforro, o dinheiro aplicado pelas famílias atingiu 22.534 milhões de euros em janeiro, mais 2,9 mil milhões do que no mês de dezembro. Em dezembro, o montante destes produtos tinha já subido para 19.626 milhões de euros, fechando o ano com o maior saldo de sempre.

O aumento da procura por certificados de aforro é explicado pelo facto de este tipo de produtos de poupança familiar estarem a ganhar uma maior atratividade porque a sua remuneração está indexada à Euribor, que reage de forma imediata à subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE), para conter a subida acentuada da inflação.

O crescimento da dívida pública só não foi maior por causa das amortizações de empréstimos, que recuaram 0,2 mil milhões de euros.

Por outro lado, os depósitos das administrações públicas aumentaram 2,8 mil milhões de euros. "Deduzida desses depósitos, a dívida pública subiu 0,4 mil milhões de euros, para 259,1 mil milhões de euros", indica o BdP.

(notícia atualizada às 12:08)

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