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Corrida aos certificados tira 2,1 mil milhões de euros dos depósitos em fevereiro

Pelo quarto mês consecutivo, o crescimento dos depósitos dos particulares abrandou: passou de 3,7% em janeiro para 2,1% em fevereiro.

Despacho de Nuno Félix veio despistar dúvidas e investidores e fiscalistas.
Thierry Roge/Reuters
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As poupanças que as famílias guardam nos bancos voltaram a cair face à corrida aos certificados de aforro. Em fevereiro de 2023, o "stock" de depósitos de particulares nos bancos em Portugal reduziu-se em 2,1 mil milhões de euros, totalizando 177,8 mil milhões de euros no final do mês, de acordo com dados divulgados pelo Banco de Portugal.

"Pelo quarto mês consecutivo, o crescimento destes depósitos abrandou: passou de 3,7% em janeiro para 2,1% em fevereiro. Neste último mês, as subscrições líquidas de certificados de aforro aumentaram 2,6 mil milhões de euros", indica o relatório divulgado esta segunda-feira.

Já o stock de depósitos de empresas nos bancos residentes era de 64,1 mil milhões de euros no final de fevereiro, menos 1,8 mil milhões de euros do que em janeiro. Estes depósitos cresceram 5,1% relativamente a fevereiro de 2022, um abrandamento em relação aos 9,1% observados em janeiro.





No que diz respeito ao crédito, no final de fevereiro, o montante total de empréstimos para habitação era de 99,8 mil milhões de euros, menos 200 milhões de euros do que no final de janeiro. "A concessão destes empréstimos desacelerou pelo sétimo mês consecutivo: a taxa de variação anual passou de 4,8% em julho de 2022 para 2,5% em fevereiro de 2023", revela o BdP.

No final de fevereiro de 2023, os empréstimos ao consumo totalizavam 20,6 mil milhões de euros, o que reflete um crescimento de 4,6% relativamente a fevereiro de 2022.

O montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas era de 74,5 mil milhões de euros no final de fevereiro, menos 300 milhões de euros do que no final de janeiro. "Esta evolução corresponde a uma a taxa de variação anual de -0,4%. Fevereiro foi, assim, o segundo mês consecutivo em que esta taxa apresenta valores negativos (-0,1% em janeiro)", aponta.

A redução dos empréstimos foi mais expressiva para as grandes empresas e para os setores da eletricidade, gás e água, do alojamento e restauração, dos transportes e armazenagem e das indústrias transformadoras.




(Notícia atualizada às 11:20)
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