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Bruxelas vê um esforço de consolidação "enfraquecido" em Portugal

A Comissão Europeia identifica em Portugal um menor esforço de ajustamento das contas públicas e um nível "moderado" de implementação de reformas estruturais. Bruxelas quer mais flexibilidade e competitividade.

Reuters
12 de Junho de 2015 às 18:03
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A segunda avaliação pós-programa de ajustamento foi concluída pela Comissão Europeia e pelo FMI. No comunicado final, é referido um diagnóstico geral positivo, mas são identificadas áreas em que é preciso melhor. O Governo parece estar a esforçar-se menos para reduzir o défice e as reformas estruturais têm de ser mais aprofundadas. 

 

"Embora o objectivo de défice nominal ao abrigo do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) esteja mais próximo de ser alcançável, o ajustamento do défice estrutural subjacente em 2015 (bem como nos exercícios posteriores) ficará provavelmente aquém das exigências do PEC, reflectindo um enfraquecimento do esforço de consolidação", escrevem os técnicos de Bruxelas, numa nota enviada esta tarde às redacções. 

 

No que diz respeito às reformas estruturais, a Comissão vê que o ritmo de implementação continua "moderado", embora sublinhe que as mudanças efectuadas no mercado de trabalho estão a ter efeito. "O impacto das medidas recentemente adoptadas em matéria de salário mínimo e de convenções colectivas tem de ser cuidadosamente avaliado", acrescenta.  

 

De uma perspectiva mais geral, a missão da antiga troika fez questão de insistir com o Governo na necessidade melhorar a competividade e a flexibilidade da economia nacional, "reforçar a sua resiliência aos choques e melhorar as perspetivas de crescimento potencial". Daí ter sido pedido ao Executivo português para que desenhe uma agenda de reformas "ambiciosa" para o futuro.

 

O tom geral do comunicado é optimista, referindo que as condições económicas e financeiras do País continuam a melhorar, embora ainda persistam desequilíbrios macroeconómicos que estão a travar a recuperação económica. 

 

"A atividade económica está a recuperar gradualmente, tendo-se tornado mais generalizada apoiada, entre outros, por um preço do petróleo mais reduzido, uma taxa de câmbio mais baixa, melhores condições de financiamento e melhoria da confiança de empresas e consumidores", explica a Comissão Europeia. "As exportações continuam a registar um bom desempenho, em consonância com o aumento da procura externa e apoiadas pela evolução favorável das taxas de câmbio."

 

Internamente, o consumo privado está a sustentar a retoma. Para o futuro, Bruxelas antecipa que ela se torne mais robusta, mas "limitada pelos elevados níveis de endividamento dos setores público e privado e pela ainda elevada taxa de desemprego"

 

(Notícia actualizada às 18h15)

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