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Bloco admite fasear revisão dos escalões de IRS

Catarina Martins assume que o custo orçamental da alteração dos escalões de IRS é pesado para um só Orçamento, mas lembra António Costa que já só faltam dois Orçamentos para a legislatura terminar. Bloco não leva Programa de Estabilidade a votos.

Miguel Baltazar
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Catarina Martins admitiu esta segunda-feira, 17 de Abril, a disponibilidade para fazer a revisão dos escalões de IRS em mais do que um Orçamento, mas avisou o Governo que esta reforma tem de começar já em 2018.

Esta reforma "terá de ser feita em mais do que um Orçamento. Só faltam dois Orçamentos. Esse caminho terá de ser iniciado no Orçamento do Estado para 2018", disse a líder bloquista à saída da audiência com Marcelo Rebelo de Sousa. 

Antes, Catarina Martins explicou que a posição conjunta assinada com o PS prevê o aumento da progressividade do IRS, nomeadamente através do aumento do número de escalões. "Sabemos que regressar ao período anterior a Vítor Gaspar teria um custo de 2.000 milhões de euros", quantificou a líder do Bloco de Esquerda. 

"Não nos parece que seja possível esta margem orçamental num único Orçamento para fazer esse caminho", afirmou, acrescentando que esta revisão "terá de ser feita em mais do que um Orçamento". 

Porém, Catarina Martins avisou que o trabalho tem de começar já no Orçamento para 2018. "Só faltam dois Orçamentos. Esse caminho terá de ser iniciado no Orçamento do Estado para 2018", afirmou. 

O Governo tem defendido a necessidade de fasear compromissos para os poder cumprir. 

Aos jornalistas, a coordenadora bloquista explicou que a atenção do Bloco de Esquerda está concentrada em duas matérias: o IRS e as reformas antecipadas. Catarina Martins alertou que o Programa de Estabilidade prevê "uma enorme contracção da despesa pública e não prevê soluções especificas" para as mexidas nas novas regras para as carreiras mais longas.

"Achamos que é preciso, até ao Orçamento, responder a essa necessidade", disse numa alusão às regras das reformas antecipadas.

Tal como o PCP, o Bloco também não sente necessidade de levar o Programa de Estabilidade e o Programa de Estabilidade. apesar das ausências sobre IRS e reformas antecipadas nos documentos.

"O Programa de Estabilidade não é feito pelo Bloco de Esquerda nem no Parlamento. O Bloco está concentrado sim na negociação do OE 2018", disse. 

"O Bloco de Esquerda, à partida, não vê razões para alterar a posição do ano passado", quando decidiu não sujeitar os documentos a votos no Parlamento, indicou a coordenadora do BE.
 

(Notícia actualizada às 18:10 com mais declarações)

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