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PCP defende que IRS faseado é "objectivo pouco ambicioso"

Jerónimo acusa CDS de ter objectivos "políticos" ao levar o Programa de Estabilidade a votos. PCP diz que documento é "fato apertado".

Bruno Simão
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Jerónimo de Sousa defendeu esta terça-feira que a possibilidade admitida pelo Bloco de Esquerda de fazer de forma faseada a revisão dos escalões do IRS é um "objectivo pouco ambicioso". O secretário-geral comunista criticou o CDS por levar o Programa de Estabilidade a votos quando concorda com "a matriz" europeia lá inscrita.

 

As declarações de Jerónimo de Sousa foram feitas em Belém depois da audiência com o Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa está desde segunda-feira a ouvir os partidos sobre os dois documentos que seguem este mês para Bruxelas.

 

Ontem, também depois do encontro com Marcelo, a líder do Bloco de Esquerda admitiu que o aumento do número de escalões de IRS pudesse ser feito em mais de um Orçamento, tendo em conta o custo orçamental da medida, que Catarina Martins disse ser de 2.000 milhões de euros. Uma tese partilhada pelo Governo, segundo avançou o Público.

 

Mas Jerónimo não parece concordar. "É um objectivo pouco ambicioso", disse quando questionado pelos jornalistas, justificando que em termos de justiça fiscal "só foi devolvido um quarto" do que foi retirado antes.

 

O líder comunista afirmou que procurará com o Governo analisar o Orçamento do Estado e referiu-se aos escalões de IRS, às carreiras da Administração Pública e à necessidade de colocar trabalhadores no Serviço Nacional de Saúde como batalhas previstas para a negociação do Orçamento.

 

De resto, em relação ao Programa de Estabilidade e ao Programa Nacional de Reformas, Jerónimo de Sousa defendeu tratar-se de um "espartilho". "É um fato apertado que não nos deixa respirar", afirmou.

 

Por quando confrontado com os jornalistas sobre porque motivo o PCP não leva os documentos a votos, Jerónimo defendeu que essa é uma tarefa do Governo. Quanto ao projecto de resolução do CDS, o líder comunista acusou o partido de Assunção Cristas de ter "objectivos políticos". O secretário-geral comunista desafiou o CDS a explicar por que razão leva o documento a votos se "está de acordo com a matriz europeia". O que o CDS propõe é "um regresso ao passado", disse, sinalizando assim que votará contra a iniciativa dos centristas.

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