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António Costa reitera objectivo de redução da dívida pública
O primeiro-ministro reiterou hoje o objectivo de prosseguir a trajectória de redução da dívida, sublinhando que a evolução é medida anualmente e não "pela conjuntura do mês", em reacção ao novo máximo apontado pelo Banco de Portugal.
"O nosso objectivo é aquele que temos mantido, manter uma redução do défice, manter um saldo primário positivo e continuar a trajectória de redução da dívida, como consta do Orçamento e como consta do Programa de Estabilidade", afirmou António Costa aos jornalistas durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez.
O Banco de Portugal revelou ontem que dívida pública, na óptica de Maastricht, calculada de acordo com a definição utilizada no Procedimento dos Défices Excessivos, atingiu em Maio um novo máximo em termos brutos, de 250,3 mil milhões de euros.
Confrontado com este dado, o primeiro-ministro respondeu que "a trajectória da dívida é conhecida" e que este ano será reduzida "pelo segundo ano consecutivo".
"A evolução da dívida mede-se anualmente e não pela conjuntura do mês, porque as operações são diversas ao longo de todo o ano", sublinhou.
O Boletim Estatístico do Banco de Portugal (BdP) divulgado hoje revela que, face aos empréstimos de Abril, a dívida reflecte um aumento de 0,3 mil milhões, incluindo os passivos nos instrumentos de numerário e depósitos, títulos de dívida e empréstimos.
Nesse documento, o BdP destaca a diminuição dos activos em depósitos das administrações públicas em 1,1 mil milhões de euros e o acréscimo de 1,4 mil milhões de euros da dívida pública líquida de depósitos em relação ao mês anterior, totalizando 226,3 mil milhões de euros.
O máximo de 250.313 milhões de euros, registado em maio, bateu o máximo de 250.296 milhões de euros de dívida pública registado em agosto do ano passado.
António Costa recebeu esta tarde, em Lisboa, o seu homólogo espanhol, num encontro nas instalações provisorias do gabinete do primeiro-ministro no Terreiro do Paço que durou quase duas horas.
O périplo pela Europa do novo chefe do Governo espanhol começou em Paris, num encontro com o Presidente Emmanuel Macron, a que se seguiu, na passada terça-feira, uma ida a Berlim, onde esteve com a chanceler alemã, Angela Merkel, e a Bruxelas, para o Conselho Europeu de quinta e sexta-feira.