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Rui Rio apela ao "bom senso" na questão da dívida grega para evitar "choque brutal"

O ex-presidente da Câmara do Porto Rui Rio apelou ao "bom senso" de parte a parte na questão da dívida da Grécia, sublinhando que se houver "um grande braço-de-ferro" poderá acontecer "um choque brutal".

Miguel Baltazar/Negócios
31 de Janeiro de 2015 às 11:09
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"Tem de haver aqui bom senso de parte a parte. Espero que haja bom senso da Europa, e particularmente da Alemanha, e também bom senso da parte da Grécia. Se não houver bom senso de uma das partes, isto é um choque brutal. A saída da Grécia é um choque brutal, o não pagamento da dívida é um choque brutal, o colapso da economia grega é um choque brutal", afirmou.

 

A chanceler alemã, Angela Merkel, manifestou-se contra um alívio da dívida da Grécia, numa entrevista publicada hoje pelo jornal Hamburger Abendblatt.

 

"Já houve um perdão voluntário da dívida por parte dos credores privados, os bancos já cortaram a dívida da Grécia em milhares de milhões", argumentou Angela Merkel, realçando: "Eu não equaciono um novo cancelamento da dívida".

 

A dívida é uma questão essencial para o novo governo da Grécia, eleito no passado domingo, figurando no centro das negociações com os parceiros europeus, principais credores de Atenas.

Para Rui Rio, "tem de haver da parte da Europa um esforço no sentido de entender o que aconteceu na Grécia", mas a Grécia também "tem de entender que tem compromissos que assumiu e que tem de cumprir".

 

O ex-autarca do Porto lembrou que "o povo grego sofreu muito" e que expressou a sua "revolta" através do voto, dando a vitória ao Syriza.

 

"Temos de ser capazes de entender essa revolta, na medida do possível. Se formos muito firmes, se houver um grande braço de ferro, quer de um lado quer do ouro, vai correr mal", rematou.

 

A dívida helénica eleva-se a mais de 315 mil milhões de euros. O Eurostat fala em 315,5 mil milhões de euros no final de setembro de 2014, enquanto o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) indica, por seu lado, 324 mil milhões de euros.

 

No início de 2012, os credores privados da Grécia aceitaram fazer uma substituição dos títulos na sua posse por outros menos rentáveis, o que levou a uma supressão de dívida no valor de 100 mil milhões de euros. Na altura, os credores públicos também consentiram que houvesse um alívio dos juros e um prolongamento dos prazos.

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