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Recapitalização dos bancos e alívio da dívida são as prioridades de Euclid Tsakalotos
No dia que voltou a tomar posse como ministro das Finanças, Euclid Tsakalotos definiu as prioridades da sua equipa: recapitalizar os bancos gregos e iniciar a discussão sobre o alívio da dívida pública.
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"A nossa prioridade é a recapitalização dos bancos para que exista estabilidade na economia. Depois queremos concluir a [primeira] avaliação [do programa de ajuda externa] e iniciar as discussões sobre a dívida", disse Euclid Tsakalotos esta quarta-feira, 23 de Setembro, após ter tomado posse como ministro das Finanças.
O alívio da dívida pública é uma das principais prioridades do novo Governo de Alexis Tsipras. Após a vitória nas eleições legislativas do passado domingo, o Syriza sublinhou que a questão da dívida vai ser "a primeira e mais importantes batalha" do novo Executivo e que, para isso, vai "pedir a todas as forças políticas que suportem os nossos esforços".
Os credores já deixaram a porta aberta a um alívio da dívida grega, ainda que tenham colocado de parte qualquer tipo de perdão. E deixaram também claro que as negociações para este alívio só terão lugar depois de terminada a primeira avaliação da troika, prevista até meados de Novembro, e garantida uma nota positiva. Só depois o governo procurará avançar com a renegociação da sua dívida pública, que inclua extensão de maturidades e de períodos de carência, sendo que esta é uma condição para o FMI voltar a emprestar dinheiro à Grécia.
A recapitalização dos bancos deverá ter início após a avaliação do Banco Central Europeu e espera-se que esteja concluída até ao final deste ano. O empréstimo de 86 mil milhões de euros tem 25 mil milhões destinados a este fim.
Além da recapitalização do sector bancário e do alívio da dívida, o novo Governo de Alexis Tsipras tem outras tarefas entre mãos: o orçamento rectificativo e o orçamento para 2016 que garantam as medidas de contenção de despesa e aumentos de impostos acordadas em Agosto; os primeiros esboços de reformas nas pensões e nos impostos; e a criação do fundo de privatizações que irá gerir activos gregos que deverão render até 50 mil milhões de euros.