Notícia
Tsakalotos deverá continuar a ser o ministro das Finanças grego
Ainda não há um anúncio oficial, mas Euclid Tsakalotos deverá ser o escolhido para ficar à frente do Ministério das Finanças grego, não alterando uma posição decisiva no governo na negociação com Bruxelas.
Alexis Tsipras deverá nomear Euclid Tsakalotos como ministro das Finanças, pretendendo continuar a beneficiar das boas relações cultivadas entre este e os seus parceiros europeus. A informação foi dada terça-feira à tarde por uma fonte do Syriza à Reuters e outras agências internacionais.
Tsakalotos deverá ser um nome bem recebido em Bruxelas, principalmente devido ao contraste com o seu antecessor Yanis Varoufakis, que tinha um estilo mais agressivo e confrontacional. Tal como Varoufakis, Tsakalotos é um marxista (formado em Oxford), mas apresentou um estilo mais discreto e conciliatório, que lhe permitiu negociar com sucesso o empréstimo de 86 mil milhões de euros, feito pelas instituições europeias. George Chouliarakis, ministro das Finanças interino durante o período de campanha eleitoral, deverá ser nomeado vice-ministro das Finanças, apontou a mesma fonte.
Tsakalotos, que só entrou para o Governo grego em Julho, terá de colocar quase de imediato mãos ao trabalho, estando já previstas negociações com os credores para avaliar como estão a ser aplicadas as reformas, como está a correr a recapitalização dos bancos e começar a discutir a reestruturação de dívida grega. "Os mercados verão isto de forma positiva", afirma Takis Zamanis, um trader da Beta Securities, citado pela Reuters. "A relação entre Tsakalotos e os credores parecia ter a química certa."
Durante a manhã, algumas notícias apontavam que Tsakalotos poderia recusar o cargo, apontando que ele faz parte do "grupo dos 53" que, lembra a Reuters, mostrou-se recentemente preocupado com o afastamento do Syriza dos seus ideais de esquerda para se manter no poder.
No entanto, o Syriza terá saído mais unido das eleições legislativas. Perdeu apenas quatro deputados face a Janeiro e muitos dos dissidentes abandonaram o partido, formando outra força política que não conseguiu entrar no Parlamento.
"Alexis Tsipras tem a oportunidade de corrigir os erros do seu [primeiro] mandato", pode ler-se no editorial do jornal de centro-esquerda, Ta Nea, destacado pela Reuters. "O seu primeiro governo estava repleto de grandes nomeações, como Yanis Varoufakis, que deram resultados muito negativos. Foi também marcada pela necessidade de preservar equilíbrios internos, trazendo deputados de extrema-esquerda para importantes posições ministeriais."
Dois outros nomes deverão continuar a fazer parte do Governo grego. O primeiro é Yiannis Mouzalas, uma espécie de secretário de Estado para a política migratória no Governo interino. Um tema central para a Grécia e para a Europa. Dos 430 mil refugiados que atravessaram o Mediterrânio, 309 mil fizeram-no através da Grécia.
O segundo nome é Panos Skourletis, que se espera que continue como ministro da Energia.
Tsakalotos deverá ser um nome bem recebido em Bruxelas, principalmente devido ao contraste com o seu antecessor Yanis Varoufakis, que tinha um estilo mais agressivo e confrontacional. Tal como Varoufakis, Tsakalotos é um marxista (formado em Oxford), mas apresentou um estilo mais discreto e conciliatório, que lhe permitiu negociar com sucesso o empréstimo de 86 mil milhões de euros, feito pelas instituições europeias. George Chouliarakis, ministro das Finanças interino durante o período de campanha eleitoral, deverá ser nomeado vice-ministro das Finanças, apontou a mesma fonte.
Durante a manhã, algumas notícias apontavam que Tsakalotos poderia recusar o cargo, apontando que ele faz parte do "grupo dos 53" que, lembra a Reuters, mostrou-se recentemente preocupado com o afastamento do Syriza dos seus ideais de esquerda para se manter no poder.
No entanto, o Syriza terá saído mais unido das eleições legislativas. Perdeu apenas quatro deputados face a Janeiro e muitos dos dissidentes abandonaram o partido, formando outra força política que não conseguiu entrar no Parlamento.
"Alexis Tsipras tem a oportunidade de corrigir os erros do seu [primeiro] mandato", pode ler-se no editorial do jornal de centro-esquerda, Ta Nea, destacado pela Reuters. "O seu primeiro governo estava repleto de grandes nomeações, como Yanis Varoufakis, que deram resultados muito negativos. Foi também marcada pela necessidade de preservar equilíbrios internos, trazendo deputados de extrema-esquerda para importantes posições ministeriais."
Dois outros nomes deverão continuar a fazer parte do Governo grego. O primeiro é Yiannis Mouzalas, uma espécie de secretário de Estado para a política migratória no Governo interino. Um tema central para a Grécia e para a Europa. Dos 430 mil refugiados que atravessaram o Mediterrânio, 309 mil fizeram-no através da Grécia.
O segundo nome é Panos Skourletis, que se espera que continue como ministro da Energia.