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PSOE ganha eleições na Andaluzia. Podemos e Ciudadanos entram no parlamento

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) da Andaluzia ganhou as eleições autonómicas naquela região, com 47 deputados, sem maioria absoluta, e com os partidos emergentes Podemos (15 deputados) e Ciudadanos (9) a entrar com forte representação no parlamento andaluz.

22 de Março de 2015 às 22:05
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Com a quase totalidade (99,41%) dos votos escrutinados, o PSOE, com Susana Díaz (na foto) como cabeça de lista, conseguiu ganhar as eleições e igualar o resultado obtido nas eleições de 2012, quando foi a segunda força política (com 47 deputados).

 

O grande perdedor da noite foi o PP andaluz (com Juan Manuel Moreno à frente da lista), que conseguiu apenas 33 deputados (ou seja, perdendo 17 assentos face aos 50 das eleições de 2012). Os "populares" apostaram forte na campanha, com cinco presenças do presidente do Governo, Mariano Rajoy, em comícios na Andaluzia. 

 

Ao contrário do PSOE, o PP perdeu votos para todos os partidos, sobretudo para os emergentes Podemos e Ciudadanos, que se apresentaram pela primeira vez a votos na Andaluzia.

 

A cabeça de lista do PSOE, Susana Díaz, considerou que se trata de uma "vitória histórica e indiscutível" e sublinhou que todos terão de ser "consequentes" com o voto dos andaluzes. "Algumas coisas ficaram muito claras: que o PSOE voltou a ganhar as eleições depois de três anos nos quais não fomos o partido mais votado; e que temos de recuar a 2008 para encontrar um resultado em que a segunda força fique a 10 pontos percentuais", disse Susana Díaz, que surgiu perante a imprensa vestida com as cores da Andaluzia, verde e branco.

 

Já o candidato do PP à presidência da Andaluzia lamentou a derrota nas eleições autonómicas de hoje na região espanhola, advertindo que o parlamento andaluz, agora "muito mais fragmentado e plural", exigirá "dialogar, ouvir e encontrar pontos de encontro".

 

Podemos abaixo do esperado

 

O Podemos de Pablo Iglesias elegeu 15 deputados, um resultado importante mas ainda assim abaixo dos 19 a 22 que lhe davam as sondagens, incluindo as que se realizaram à boca das urnas.

 

A candidata do Podemos na Andaluzia, Teresa Rodríguez, disse que os resultados das eleições na Andaluzia significam que a região "já não é monopólio" do PSOE e do PP e sublinhou que o bipartidarismo "caiu". "O mapa político na Andaluzia e em Espanha já mudou. Isto não é um "foto-finish", é apenas um fotograma do filme da mudança, no qual decidimos fazer as coisas de outra maneira, com outras políticas", disse Teresa Rodríguez num primeiro comentário aos resultados das eleições na Andaluzia.

 

Já o Ciudadanos de Albert Rivera teve uma votação que lhe dá 9 deputados no parlamento regional andaluz. O resultado é ainda mais significativo uma vez que a Andaluzia é uma região conservadora, nacionalista e tradicionalmente de esquerda (o PSOE ganha aqui desde 1982) e o Ciudadanos é um partido de origem catalã e de centro-direita.

 

O líder nacional do Ciudadanos, Albert Rivera, considerou hoje que "o bipartidarismo está morto" em Espanha, num primeiro comentário aos resultados das eleições autonómicas na Andaluzia, no qual o seu partido e o Podemos obtiveram quase 25% dos votos. "Estou convencido que muita gente, mesmo depois do que se passou hoje, não quererá admitir que Espanha está a mudar, que vai continuar a ler nos resultados que nós perdemos e que eles ganharam. Mas todos sabemos que o bipartidarismo morreu. E todos sabemos que os que nos trouxeram até esta situação, por muito que sorriam, no fundo perderam", disse Albert Rivera.

 

No entanto, este resultado do Ciudadanos permite-lhe ser "partido charneira" do PSOE, podendo formar governo na Andaluzia. No próprio dia das eleições, o candidato do Ciudadanos Juan Marín disse que não faria acordos para formar governo, que só governaria se ganhasse.

 

A Izquierda Unida (comunistas) confirmou os maus resultados que as sondagens apontavam e elegeu 5 deputados, menos de metade dos 12 assentos obtidos em 2012.

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