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Primeiro acto oficial de Tsipras: Homenagear as vítimas da Segunda Guerra Mundial

Em 24 horas, a Grécia elegeu um novo Governo com quase maioria absoluta. Alexis Tsipras, líder do partido mais votado, chegou a um entendimento com outro partido para ter uma maioria no Parlamento. E já foi empossado primeiro-ministro.

Reuters
Negócios 26 de Janeiro de 2015 às 19:52
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As últimas horas na Grécia tem sido repletas de acontecimentos. Em cerca de 24 horas, o Syriza vence as eleições legislativas - algo quase impensável para muitos há alguns meses – e com quase maioria absoluta (conseguiu 149 dos 300 lugares do Parlamento grego). Logo pela manhã, e numa breve reunião, Alexis Tsipras chegou a entendimento com o partido Gregos Independentes (ANEL) de Panos Kammenos para formar uma coligação governamental.

 

Às 13h30 em Lisboa encontrou-se com o presidente da Grécia, Karolos Papoulias, e às 14h00 Tsipras foi empossado primeiro-ministro e prestou juramento sob a Constituição do país e não fez um juramento religioso, como é tradição na Grécia. E há pelo menos um facto pelo qual Tsipras fica na história: é mais jovem primeiro-ministro – 40 anos - da Grécia. O The Guardian, no seu "live blog", escreve que Tsipras vai dar o seu melhor para "proteger os interesses da população grega" e depois assinou o livro, que tradicionalmente todos os primeiros-ministros empossados assinam, com uma caneta Mont Blanc. 

 

Entretanto, em Atenas que tem uma diferença horária de duas horas, a noite já caiu e, segundo mostram imagens das agências internacionais, a trovoada marcou presença em Atenas. O The Guardian, mostrando a fotografia, questiona: Está Zeus infeliz?

 

Nesta segunda-feira, no primeiro dia do seu mandato cumpre o seu primeiro acto oficial: homenagear as vítimas da guerra. De acordo com a imprensa internacional, o primeiro acto oficial do já primeiro-ministro Alexis Tsipras foi depositar flores no Memorial da Resistência Nacional em Kaisariani, Atenas. Este memorial presta homenagem aos 200 gregos que foram mortos na Segunda Guerra Mundial. Um acto que foi encarado pela televisão grega, citada pela imprensa internacional, como um desafio à Alemanha.

 

Ainda não são conhecidos os nomes do novo Executivo grego. Ainda assim, o economista Yanis Varoufakis é apontado como o próximo ministro das Finanças.

 

Em reacção a esta eleição, a maioria dos líderes europeus felicita o novo primeiro-ministro grego mas deixa alertas. A chanceler alemã, Angela Merkel, já fez saber através do seu porta-voz que a Alemanha está disponível para trabalhar com novo Governo grego desde que este "respeite compromissos" assumidos.

 

Por sua vez, em declarações antes do arranque do encontro do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, constatou que não há muito apoio para perdoar os empréstimos concedidos pelos outros Estados à Grécia, como pretende o Syriza, vencedor das eleições antecipadas. "Quanto a anular uma parte do valor nominal da dívida, não me parece que haja muito apoio na Zona Euro", afirmou o presidente do Eurogrupo e ministro, socialista, das Finanças da Holanda.

 

Também neste sentido foram as declarações da líder do FMI. Christine Lagarde deixou o alerta: a Grécia tem que respeitar as regras da Zona Euro e não pode reclamar um tratamento especial.

 

Já o presidente francês, François Hollande, em declarações aos jornalistas, em Paris, frisou que "a Grécia está na Zona Euro, quer manter-se na Zona Euro, e vai ficar na Zona Euro".

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