Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Presidente do Eurogrupo constata escasso apoio para perdoar dívida à Grécia

À chegada a Bruxelas, onde decorre a reunião mensal do Eurogrupo, vários ministros europeus das Finanças deram indicações de que mais pode ser feito para aliviar o fardo da dívida grega. Mas cancelar o reembolso de empréstimos já concedidos, como pretende o Syriza, é uma opção que nenhum defendeu.

Bloomberg
26 de Janeiro de 2015 às 13:06
  • 7
  • ...

Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, constatou nesta segunda-feira que não há muito apoio para perdoar os empréstimos concedidos pelos outros Estados à Grécia, como pretende o Syriza, vencedor das eleições antecipadas. "Quanto a anular uma parte do valor nominal da dívida, não me parece que haja muito apoio na Zona Euro", afirmou o também ministro, socialista, das Finanças da Holanda.

 

Sobre a possibilidade – prevista desde Novembro de 2012 – de voltarem a ser suavizadas as condições de pagamento da dívida, Dijsselbloem disse não haver pressa. "Já fizemos imenso no sentido de retirar pressão sobre a dívida, ao reduzir as taxas de juro e ao alargar os prazos de reembolso dos empréstimos e os períodos de carência. Também não há urgência aqui", disse. "Estamos dispostos a colaborar com o novo Governo na base de que se cumpra o que acordámos", acrescentou.

 

Sem entrar em detalhes, Pier Carlo Padoan, ministro italiano das Finanças, afirmou, por seu turno, que as opções sobre a dívida grega têm de ser "compatíveis com os equilíbrios actuais e sustentáveis no tempo".

Pierre Moscovici, comissário responsável pelos Assuntos Económicos, sublinhou ser do interesse de todos que a Grécia caminhe "sobre os seus pés".

 

Citado pela Bloomberg, o ministro austríaco das Finanças Hans Jörg Schelling disse ainda duvidar da possibilidade de o Syriza, agora no governo, conseguir cumprir a sua promessa de acabar com uma política de austeridade.

Já ontem, o ministro das Finanças belga, Johan Van Overtveldt, considerou que há espaço para discutir "modalidades" para aliviar o pagamento da dívida, mas a "pedra angular para a Grécia é que deve respeitar as regras da união monetária", acrescentou.

 

"Se o novo Governo grego se comprometer com o anteriormente acordado e com as reformas estruturais necessárias, estamos disponíveis para discutir a possibilidade de estender o programa da Grécia por alguns meses", disse ainda o primeiro-ministro da Finlândia, numa referência à probabilidade de o novo Governo grego pedir uma extensão do resgate (que termina em Fevereiro) ou uma linha de crédito cautelar aos parceiros euopeus.  Mas a "Finlândia não vai aceitar um pedido de cancelamento da dívida que fez parte das discussões que antecederam as eleições,"  reiterou Alexander Stubb.

 

 

 

(Notícia em actualização)

Ver comentários
Saber mais Jeroen Dijsselbloem Eurogrupo Grécia política Zona Euro
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio