Notícia
"Não estamos contentes". Funcionários do BCE contestam aumento salarial de 4%
Para a entidade representativa dos trabalhadores sindicalizados do BCE, o aumento previsto para o próximo ano não está ajustado à inflação, que deve terminar 2022 em torno dos 8%. A IPSO ameaça com "ações de protesto", se o BCE não se sentar à mesa das negociações.
Os funcionários do Banco Central Europeu (BCE) estão desapontados com a proposta do banco central em aumentar os salários em 4% no próximo ano. Para os colaboradores da autoridade monetária é necessário um ajustamento face à inflação, ou seja mais do dobro do proposto.
"Não estamos contentes" com esta proposta, explicou Carlos Bowles, vice-presidente da Organização Internacional e Europeia de Serviços Públicos (na sigla inglesa IPSO), em declarações à Bloomberg.
Para o número dois do organismo representativo dos trabalhadores no BCE, "com a inflação na Alemanha e na Zona Euro a rondar os 8,5% este ano, tal significa uma perda substancial do poder de compra".
Se os salários reais ficarem mais baixos "irá prejudicar o moral dos trabalhadores assim como a sua confiança em relação à instituição".
Os trabalhadores estão contra o aumento salarial de apenas 4,07% que deve entrar em vigor no próximo ano, depois de uma subida de 1,48% este ano.
A organização já tentou vincular os aumentos salariais à inflação. O pedido foi recusado, tendo Lagarde já dito em maio que os ajustes devem ser "razoáveis".
"Queremos, pelo menos, uma negociação sobre os nossos salários, mas o BCE não está aberto a isto", referiu o representante sindical, acrescentando que a instituição também não está disposta a aprovar propostas não financeiras, como a inclusão de mais dias de férias de fim de ano.
"Se o BCE continuar a rejeitar uma abordagem negocial para serem alcançados compromissos, teremos que ponderar ações de protesto no início do próximo ano", ameaçou Bowles.
Contactada pela Bloomberg, fonte oficial do BCE recusou comentar o assunto, frisando apenas que o processo de definição dos aumentos dos salários "segue uma metodologia predefinida" e "reflete a dinâmica salarial das instituições comparáveis", ou seja instituições da UE e bancos centrais da Zona Euro, e aplica-se a "todos os funcionários".
"Não estamos contentes" com esta proposta, explicou Carlos Bowles, vice-presidente da Organização Internacional e Europeia de Serviços Públicos (na sigla inglesa IPSO), em declarações à Bloomberg.
Se os salários reais ficarem mais baixos "irá prejudicar o moral dos trabalhadores assim como a sua confiança em relação à instituição".
Os trabalhadores estão contra o aumento salarial de apenas 4,07% que deve entrar em vigor no próximo ano, depois de uma subida de 1,48% este ano.
A organização já tentou vincular os aumentos salariais à inflação. O pedido foi recusado, tendo Lagarde já dito em maio que os ajustes devem ser "razoáveis".
"Queremos, pelo menos, uma negociação sobre os nossos salários, mas o BCE não está aberto a isto", referiu o representante sindical, acrescentando que a instituição também não está disposta a aprovar propostas não financeiras, como a inclusão de mais dias de férias de fim de ano.
"Se o BCE continuar a rejeitar uma abordagem negocial para serem alcançados compromissos, teremos que ponderar ações de protesto no início do próximo ano", ameaçou Bowles.
Contactada pela Bloomberg, fonte oficial do BCE recusou comentar o assunto, frisando apenas que o processo de definição dos aumentos dos salários "segue uma metodologia predefinida" e "reflete a dinâmica salarial das instituições comparáveis", ou seja instituições da UE e bancos centrais da Zona Euro, e aplica-se a "todos os funcionários".