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Mourinho Félix reconhece "contactos" para definir perfil mas diz que não há candidatura ao Eurogrupo

Primeiro definir o perfil - um ministro das Finanças com capacidade para liderar, unir e aprofundar a união monetária - e só depois escolher os candidatos. É a posição de Portugal, a menos de dois meses de se conhecer o sucessor de Dijsselbloem.

Dijsselbloem considera  reacção de Portugal 'chocante' - Dijsselbloem considera 'chocante' a reacção de Portugal, referindo-se às palavras de António Costa. Fá-lo perante o secretário de Estado das Finanças e depois de Mourinho Félix lhe pedir que se retractasse. Perante câmaras de TV, à entrada da reunião do Eurogrupo em Malta, Mourinho diz: 'Quero dizer-lhe que foi profundamente chocante aquilo que disse dos países que estiveram sob resgate e gostaríamos que pedisse desculpas perante os ministros e a imprensa.' Resposta do holandês: 'Eu vou dizer alguma coisa sobre isso, mas a reacção de Portugal também foi chocante. Não lhe vou exigir um pedido de desculpa, mas vou dizer alguma coisa.'
09 de Outubro de 2017 às 19:07
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O secretário de Estado das Finanças considera que a marcação da eleição do próximo presidente do Eurogrupo para 4 de Dezembro – um mês depois do que era inicialmente avançado – dará mais tempo para escolher o perfil do sucessor de Jeroen Dijsselbloem. Mas negou que haja uma candidatura de Portugal ao cargo neste momento.

"Não existe nenhuma candidatura, não existe nenhuma corrida, existem contactos, conversas, existe uma disponibilidade [de Portugal] para contribuir para o projecto europeu," respondeu Ricardo Mourinho Félix no final da reunião do Eurogrupo no Luxemburgo.

Questionado sobre se o actual ministro das Finanças, Mário Centeno, será candidato ao cargo, Mourinho Félix acrescentou que o que tem sido discutido entre os 19 membros do euro "são sobretudo perfis" e que Mário Centeno "tem um conjunto de características que o tornam (…) elegível".

Nas declarações transmitidas pela RTP 3 esta segunda-feira, 9 de Outubro, o secretário de Estado deixou assente que o sucessor de Dijsselbloem deverá ser um ministro das Finanças de um país da Zona Euro (como ditam as regras da moeda única) e com um perfil para unir o Eurogrupo, com liderança forte e que contribua para o aprofundamento da União Económica e Monetária.

O Eurogrupo decidiu fixar a data de 4 de Dezembro para eleger o próximo presidente do órgão que junta os ministros das Finanças do euro, devendo os candidatos ao cargo apresentar-se nas duas semanas anteriores.

Hoje o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, anunciou que recebeu o "apoio unânime" dos membros da Zona Euro para concluir o seu mandato, apesar de provavelmente até final de Outubro já haver um outro ministro das Finanças holandês em funções.

Mário Centeno tem sido por várias vezes falado como hipótese para o cargo. A 18 de Setembro o primeiro-ministro, António Costa, deixou em aberto a possibilidade de apresentação de uma candidatura. "A presidência do Eurogrupo é um lugar que é ocupado por um ministro das Finanças da área do euro. É necessariamente compatível," tinha afirmado no dia anterior o próprio ministro na RTP.

O cenário de Centeno à frente do Eurogrupo surgiu a 1 de Abril, quando o Expresso noticiou que o ministro tinha sido "sondado" para liderar o Eurogrupo, no rescaldo da polémica que envolveu as afirmações de Dijsselbloem sobre os países do sul da Europa, envolvendo comparações com alguém que pede ajuda depois de gastar o dinheiro em "aguardente e mulheres."
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