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Mapa: Recuperação alemã mantém crescimento da Zona Euro em 2020. Portugal a meio da tabela

O PIB da Alemanha vai acelerar em 2020, contribuindo para a manutenção do ritmo de crescimento da Zona Euro num ano em que a maioria (13) dos países, incluindo Portugal, desacelera.

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Após um ano de profunda travagem, a economia alemã deverá acelerar de um crescimento de 0,6% em 2019 para 1,1% em 2020 e 2021. A estimativa consta das previsões intercalares de inverno da Comissão Europeia divulgadas esta semana e permite manter a expansão da Zona Euro nos 1,2% num ano em que a maioria dos países do euro vão desacelerar.

Apesar de crescer abaixo da média, a Alemanha, que é a maioria economia da Zona Euro, dará um contributo menor para puxar a média europeia para baixo, permitindo compensar a travagem de outras grandes economias como é o caso de França (uma décima) e Espanha (quatro décimas).

A Alemanha é um dos cinco países da área do euro que vai melhorar o crescimento em 2020: esse é também o caso da Grécia que acelera de 2,2% em 2019 para 2,4% em 2020 e de Itália que acelera de 0,2% para 0,3%. Há ainda acelerações na Letónia e na Eslovénia. O Luxemburgo terá o mesmo crescimento, segundo as previsões dos técnicos da Comissão.

Os 13 restantes países da Zona Euro, incluindo Portugal, vão desacelerar em 2020. A travagem mais acentuada regista-se na Irlanda (-2,1 pontos percentuais) que passa de 5,7% em 2019 para 3,6% em 2020. Segue-se a Estónia (1,6 p.p.) e a Lituânia (-1,3 p.p.).

Maior ciclo de crescimento do euro
O PIB da área do euro deverá crescer 1,2%, abaixo dos 1,4% estimados para o conjunto da União Europeia (já sem o Reino Unido). De acordo com a Comissão Europeia, este é o maior período de crescimento sustentado desde que o euro foi introduzido em 1999. 

Na avaliação dos peritos de Bruxelas, o enquadramento externo continuará a ser desafiante para os países europeus, mas a criação de emprego, o aumento dos salários e a tónica expansionista do 'mix' de políticas (monetária e orçamental) deverão ajudar a economia europeia a continuar a crescer. 

O consumo privado e o investimento, "particularmente no setor da construção", vão continuar a dar gás à economia. No caso do investimento público este será especialmente focado nos "transportes e na infraestrutura digital", aumentando "significativamente" num número de Estados-membros.

"Em conjunto com os sinais preliminares de estabilização no setor transformador, uma possível recuperação do declínio dos fluxos de comércio globais deverá permitir à economia europeia continuar a expandir-se", escreve a Comissão Europeia, referindo que, "ao mesmo tempo, estes fatores parecem ser insuficientes para levar o crescimento para uma maior velocidade".
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