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Macron defende mutualização das dívidas futuras

Em entrevista à RTP, o candidato às presidenciais francesas apoia uma Zona Euro mais solidária, e apesar de se assumir contra a mutualização das dívidas já existentes, garante ser favorável a essa opção no caso das dívidas que venham a ser contraídas no futuro.

Reuters
11 de Abril de 2017 às 15:52
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"A mutualização de dívidas futuras tem sentido" mas a das "dívidas passadas não", diz Emmanuel Macron num excerto já disponível da entrevista concedida à RTP e que irá para o ar esta terça-feira, 11 de Abril, na estação pública.

 

O concorrente às presidenciais gaulesas que terão lugar dentro de menos de duas semanas - e que é apontado pelas sondagens como o mais forte candidato a conquistar o Eliseu e, pelo caminho, destronar a nacionalista Marine Le Pen - fez jus ao seu europeísmo, dizendo ser a favor de um Velho Continente mais solidário.

 

"É preciso solidariedade europeia" garante, reconhecendo que vender dívida de forma solidária "é a ideia de orçamento". Como tal, Macron diz "sim à solidariedade e à mutualização de dívidas futuras, e portanto a um verdadeiro orçamento, a uma nova capacidade de financiamento da Zona Euro", mas diz "não à mutualização das dívidas passadas".

 

Este "não" explica-se porque mutualizar as dívidas contraídas no passado "é uma irresponsabilidade". Lembrando que "sem os alemães não poderemos avançar", Emmanuel Macron compreende a recusa de Berlim em aprofundar esta questão: "um deputado alemão não pode dizer à sua população que ela fez esforços, que eles fizeram esforços, que já não têm défice corrente, que reduziram o endividamento, mas que agora vão mutualizar [a dívida] daqueles que não o fizeram".

 

"Eles dirão que é uma loucura, não vão aceitar. Há que ser realista", atira Macron.

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