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Fitch: Saída da Grécia do euro “ainda é um risco” mas não deverá provocar “uma crise sistémica”

A agência de rating considera que não há outro candidato óbvio a uma saída do euro mas, a médio prazo, um eventual abandono da Grécia traria mais riscos para os países onde o compromisso político com as reformas enfraqueceu.

06 de Março de 2015 às 12:43
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A agência de notação financeira Fitch acredita que uma eventual saída da Grécia do euro causaria "um choque significativo" na região. No entanto, é "improvável" que desencadeasse uma "crise sistémica" como aconteceu em 2012 ou que provocasse a saída de outro país da Zona Euro.

 

"O risco imediato de a Grécia deixar a moeda única foi aliviado pelo acordo do mês passado com os seus credores oficiais", lê-se num comunicado da Fitch divulgado esta sexta-feira, 6 de Março. Nesse sentido, a saída da Grécia do euro "continua a ser um risco" embora não constitua o cenário-base para a agência de rating.

 

Isto porque a Zona Euro tem desenvolvido mecanismos para evitar um ‘default’ por parte dos Estados-membros e o contágio entre os países em dificuldades. "Uma reacção em cadeia à saída da Grécia até à dissolução final do bloco é pouco provável", sublinha a agência.

 

No cenário de abandono da moeda única, a Fitch acredita que "pelo menos" parte da dívida grega poderia não ser paga. O impacto sobre os bancos estrangeiros seria "limitado", visto que têm vindo a absorver as perdas desde 2012 e a reduzir a sua exposição.

 

Quanto à reacção dos mercados, a Ficth reconhece que é "difícil de prever". "Se os juros da dívida dos periféricos subissem acentuadamente, a dinâmica da dívida dos governos poderia ser prejudicada", acrescenta.

 

A agência de rating conclui que a saída da Grécia do euro demonstraria que a adesão à moeda única requer a aceitação de uma política orçamental restritiva e reformas impopulares para criar uma economia capaz de ajustar internamente. "Não há outro candidato óbvio a uma saída do euro mas, a médio prazo, haveria um maior risco para os países onde o compromisso político com as reformas enfraqueceu", explica a Fitch no relatório.

 

Contudo, a agência também considera o cenário inverso. "A saída da Grécia do euro também poderia estimular o fortalecimento das instituições da Zona Euro e, portanto, a união monetária", conclui.

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