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Emmanuel Macron sobe nas sondagens e está mais próximo do Eliseu
A segunda volta das eleições presidenciais em França decorrem este domingo e as últimas sondagens revelam uma subida do candidato centrista Emmanuel Macron. O ex-ministro já disse que sabe quem vai escolher para primeiro-ministro.
Esta sexta-feira, 5 de Maio, é o último dia da campanha para a segunda volta das eleições presidenciais francesas. Duas sondagens foram divulgadas nas últimas horas e não revelam grandes surpresas: Emmanuel Macron, candidato independente e centrista, continua a liderar as intenções de voto face a Marine Le Pen, candidata da Frente Nacional. Um ponto de relevo é a subida de Macron.
A sondagem realizada pela Elabe, após o único debate realizado entre os dois candidatos na passada quarta-feira, indica que Macron capta 62% das intenções de voto, o que representa um crescimento de três pontos face ao último inquérito levado a cabo pela empresa, de acordo com a Bloomberg. Marine Le Pen obtém 38% dos votos.
Na sondagem da OpinionWay, igualmente citada pela agência de informação, Macron também obtém 62% dos votos, o que se traduz no crescimento de um ponto face ao último inquérito desta organização. A candidata da extrema-direita capta também 38% das intenções de voto.
O debate da passada quarta-feira foi marcado pelos ataques violentos entre os dois candidatos. No final deste frente-a-frente televisivo, foi realizada uma sondagem que mostrou que Emmanuel Macron foi considerado o candidato "mais convincente". Um total de 63% dos entrevistados por telefone, no final do debate, considerou Macron "mais convincente", contra 34% que se pronunciou a favor de Marine Le Pen.
As duas sondagens, reveladas nas últimas horas, podem indicar assim uma pequena mudança. Numa sondagem conhecida a 3 de Maio o candidato independente e centrista liderava nas intenções de voto – como aconteceu em todos os estudos de opinião realizados anteriormente sobre a segunda volta das eleições – mas Marine Le Pen mostrava uma subida. Emmanuel Macron obtinha 59% dos votos e Le Pen 41%.
Quem vai ser o primeiro-ministro de Macron?
Até agora não é público quem vai ser o primeiro-ministro escolhido por Macron. E o mistério vai prolongar-se por mais uns dias. Tipicamente nas presidenciais francesas, quando os eleitores vão às urnas para votar na segunda volta, normalmente sabem que é a personalidade que vai ocupar o Hôtel Matignon - residência oficial do primeiro-ministro da França. Marine Le Pen já disse que se chegar ao Eliseu, Nicolas Dupont-Aignan vai ser o seu primeiro-ministro. Mas Macron não avança publicamente com nomes.
Esta manhã, Macron disse, citado pela Reuters, que já decidiu quem vai ser o seu primeiro-ministro caso seja eleito no próximo domingo. Mas o antigo-ministro da Economia de 39 anos só pretende tornar pública a composição do governo após ser empossado.
"Se for eleito, vou trabalhar na finalização do governo na próxima semana mas [só] vai ser anunciado depois da transferência de poderes", adiantou, citado pela agência. É expectável que François Hollande, o ainda presidente francês proceda à transferência de poderes no fim-de-semana a seguir às eleições.
Macron disse ainda que o seu primeiro-ministro "vai ter experiência no campo político, a capacidade para liderar uma maioria parlamentar e a capacidade de conduzir um governo renovado o qual vai incluir alguns homens e mulheres com experiência".
Contudo, quando questionado se a pessoas já tinha sido informadas, o candidato respondeu que "não, uma vez que está na minha cabeça".
Homem mais rico de França apoia Macron
Bernard Arnault, CEO do conglomerado LVMH, e o homem mais rico de França anunciou esta sexta-feira que vai votar em Emmanuel Macron. "Sem hesitações, vou votar em Emmanuel Macron", disse o empresário ao jornal Les Echos e citado pela Bloomberg. Arnault vem assim juntar-se a um conjunto de empresários que tinha manifestado o seu apoio a Macron. Em declarações ao Les Echos, 13 CEO de empresas – incluindo de cinco empresas do índice CAC40 – afirmaram há dias que as políticas de Marine Le Pen vão prejudicar o país.
Bernard Arnault adiantou esta sexta-feira que o programa económico da candidata de Frente Nacional "representa um risco de uma degradação irremediável da França". "Sair do euro iria criar desemprego e iria baixar de forma dramática o poder de compra de todos os franceses", acrescentou.
A LVMH é um grupo francês que opera em várias áreas. Na área da moda detém marcas como a Louis Vuitton, Christiane Dior, Givenchy, Kenzo, Marc Jacobs.