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D'Estaing: Zona Euro deveria ser reduzida a nove países

Antigo presidente francês diz que é preciso criar mecanismos para que países que queiram sair do euro o possam fazer sem grandes sobressaltos e assim evitar mais “comédias” como a que se passou com o resgate de Chipre. Em sua opinião, só nove países deveriam, neste momento, integrar a união monetária europeia.

Bloomberg
27 de Março de 2013 às 19:21
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"Se um país não quer aprofundar a integração europeia, deve poder sair. É por isso que se deve criar um mecanismo que permita aos países, que assim o queiram, sair do euro de forma expedita”, defendeu Valéry Giscard d'Estaign, em entrevista à edição polaca da revista Newsweek, citada pelo EU Observer.

 

O antigo presidente francês, 87 anos, que coordenou a redacção da fracassada Constituição Europeia, em 2004, considera que “seria bom se os seis países fundadores [da UE] mais Espanha, Portugal e Áustria ficassem dentro (da união monetária). Sobre o resto, não vou dizer nada”.


Os seis países fundadores da União Europeia são Bélgica, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo e Holanda.

 

Giscard d'Estaign defendeu ainda que o alargamento do euro deve terminar com a desejável adesão da Polónia. "Acho que o processo de integração de novos países na Zona Euro deve ser congelado. Não podemos permitir outra comédia como a que temos hoje com o Chipre, que foi aceite no euro desnecessariamente. Mas há uma excepção: é a Polónia, que apoia uma maior integração europeia e tem uma economia assente em fundamentos sólidos”.

 

À luz dos actuais Tratados, a adesão ao euro é praticamente automática para todos os Estados-membros da União Europeia logo que estes cumpram, de forma que se considere sustentável, os cinco critérios de convergência (défice, dívida, inflação, taxa de câmbio e de juro) definidos em Maastricht. Só o Reino Unido e a Dinamarca negociaram "opt-out", ou seja, a possibilidade de se auto-excluirem do processo.

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