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Depósitos dos bancos gregos caíram quase 8% em Janeiro para mínimos de dez anos

Dados do banco central da Grécia mostram que o valor dos depósitos dos bancos helénico caíram para o nível de Agosto de 2005. O governador do banco central admite que a liquidez da banca "tem estado sob considerável pressão" e pede ao Governo que cumpra o acordo.

Yannis Behrakis
Negócios 26 de Fevereiro de 2015 às 17:03
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Os depósitos dos bancos gregos caíram 7,7% em Janeiro para 148 mil milhões de euros, o nível mais baixo desde Agosto de 2005, mostram dados do banco central da Grécia.

 

Já esta quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) tinha divulgado que só no primeiro mês deste ano fugiram 12 mil milhões de euros dos bancos helénicos. Considerando os valores de Dezembro e Janeiro, os bancos gregos perderam mais de 16 mil milhões de euros em apenas dois meses.  

 

O governador do banco central da Grécia, Yannis Stournaras, já avisou o Governo de que tem de cumprir o acordado com os credores "o mais cedo possível" e dar seguimento às reformas estruturais "para aliviar o aperto de financiamento dos bancos".

 

"A capacidade do sistema bancário para financiar a economia real não depende da adequação de capital por si só, mas também da sua liquidez", sublinhou o governador esta quinta-feira. "Os bancos gregos têm uma base de capital suficiente, mas a sua liquidez tem estado sob considerável pressão, especialmente nos últimos meses".

 

Stournaras alertou ainda o Governo que se não cumprir o acordado com o Eurogrupo, o BCE pode continuar a não aceitar obrigações gregas como garantia nos empréstimos à banca, o que complicará a situação já frágil da banca helénica.

 

O BCE "irá em breve reexaminar [a sua decisão de não aceitar obrigações soberanas gregas como colateral] e deverá revogá-la, como sucedeu em casos semelhantes no passado, mas desde que a Grécia cumpra os recentes compromissos que assumiu perante os seus parceiros europeus", advertiu o governador.

 

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