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Constâncio diz que Grécia não vai comprometer recuperação europeia

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vítor Constâncio, disse esta sexta-feira que se a economia grega se deteriorar devido à complicada situação financeira do país, isso não significa que afecte toda a economia europeia.

24 de Abril de 2015 às 20:04
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"Todos trabalhamos com a convicção de que esta situação se vai resolver, que vamos ter um acordo", disse Constâncio, em conferência de imprensa após uma reunião dos ministros da Economia e Finanças da União Europeia. "Mesmo que, nesse cenário, o crescimento da Grécia abrande devido à situação dos últimos meses, isso por si só não afectará a recuperação da Europa no seu conjunto", afirmou.

 

Atenas enfrenta problemas de liquidez devido a um impasse nas negociações com os credores (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) que tem atrasado o pagamento de uma parcela de 7,2 mil milhões de euros do empréstimo concedido ao país, montante que é considerado vital para a Grécia cumprir as suas obrigações financeiras.

 

"Só outros cenários piores podem criar essa preocupação, mas não é nesse pressuposto que estamos a trabalhar", considerou Constâncio depois de ter sido questionado sobre se os ministros se manifestaram preocupados com os efeitos da situação grega no crescimento.

 

O vice-presidente do BCE afirmou que a recuperação europeia está a reforçar-se, mas defendeu também que é preciso fazer mais quanto ao investimento.

 

O comissário europeu para o Euro e para o Diálogo Social, Valdis Dombrovskis, considerou igualmente que a recuperação europeia está a tornar-se mais sólida e que para isso têm contribuído a queda dos preços do petróleo, a política monetária expansiva e o crescimento global.

 

"Mas a política monetária por si só não vai resolver os problemas estruturais das economias. A recuperação de uma crise tão profunda como a que temos visto exige medidas decisivas da parte dos políticos", insistiu o também vice-presidente da Comissão Europeia, apontando o mercado laboral como uma das áreas em que podem ser feitas mais reformas, para o tornar mais dinâmico e aberto às novas tecnologias.

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