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Banco da Grécia queria 1,1 mil milhões. BCE só deu 200 milhões

O aumento na linha de liquidez de emergência para os bancos gregos foi a mais reduzida desde o agravar das tensões na Grécia em Fevereiro. Um sinal que o BCE está a pressionar a Grécia ou então que a fuga de depósitos está a abrandar.

Bloomberg
21 de Maio de 2015 às 10:10
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O Banco Central Europeu aprovou esta quarta-feira um novo aumento na linha de liquidez de emergência (ELA) disponível para os bancos gregos. Mas o valor do aumento foi muito inferior ao solicitado pelo banco central grego.

 

O Banco da Grécia tinha pedido um aumento de 1,1 mil milhões de euros, sendo que o Conselho de Governadores da autoridade monetária europeia, que reuniu ontem por teleconferência, aprovou um aumento de apenas 200 milhões de euros. Um valor que corresponde à subida mais ténue desde Fevereiro, altura em que se acentuou a fuga de depósitos dos bancos devido à vitória do Syriza nas eleições.

 

De acordo com a agência Bloomberg, que cita economistas, este menor aumento face ao solicitado pelo banco central grego pode indicar uma travagem na fuga de depósitos dos bancos do país devido às notícias que dão conta dos avanços nas negociações entre Atenas e credores.

 

Por outro lado, ao limitar o aumento da ELA a apenas 200 milhões, o BCE sugere também que quer manter pressão sobre a Grécia para que o país acelere as negociações com os credores. Contudo, o banco central não pretende que os bancos gregos fiquem sem acesso a liquidez, o que poderia agravar a crise que já afecta o país.

 

A linha de liquidez de emergência está agora em 80,2 mil milhões de euros, depois de na semana passada o aumento ter sido de 1,1 mil milhões de euros.

 

A Grécia vê cada vez mais reduzida a sua autonomia financeira, num momento em que as negociações com as instituições credoras ainda não permitiram chegar a um acordo final abrangente sobre as reformas que Atenas terá de aplicar para ver libertados os 7,2 mil milhões de euros previstos, no âmbito do resgate helénico, e que ainda continuam pendentes.

 

O ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, reiterou que a prioridade da Grécia são os salários dos funcionários públicos e as pensões. Pagamentos que estarão sempre à frente do reembolso ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

 

Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, deverá encontrar-se esta quinta-feira com Angela Merkel e François Hollande à margem da cimeira europeia, esperando receber apoio político nas negociações que decorrem ao nível técnico entre Atenas e os credores. 

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