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União Europeia rejeita novo pedido de Tsipras para estender programa de resgate

O presidente do Conselho Europeu escreveu a Tsipras para o informar que o seu novo pedido de extensão do programa de resgate foi negado. O Financial Times obteve uma cópia da carta, onde Donald Tusk refere que os ministros das Finanças da Zona Euro já se tinham decidido sobre a questão, no Eurogrupo do passado sábado.

Reuters
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"Após consultas com os líderes, e na ausência de novos elementos, não vejo disposição para ir contra a posição manifestada pelos ministros das Finanças na sua reunião de 27 de Junho", escreveu Tusk, citado pelo FT.

 

O primeiro-ministro grego enviou no domingo uma carta aos congéneres da Zona Euro e, no documento, divulgado pelo Financial Times, pedia uma reconsideração da recusa dada à extensão da ajuda externa. Alexis Tsipras queria mais um mês de ajuda para cobrir o prazo de negociações que quer ter após a realização do referendo, a 5 de Julho.

 

"Gostaria de solicitar que o vosso governo reexaminasse a sua posição neste tema e apoiasse a reconsideração, por parte dos ministros das Finanças da Zona Euro, do pedido da República Helénica, com vista a concedê-lo", escreveu Tsipras na carta enviada aos ministros das Finanças e com data de 28 de Junho. No caso do FT, o documento citado é a carta ao primeiro-ministro luxemburguês Bettel Xavier.

 

O objectivo deste prolongamento da ajuda externa, por mais um mês, era o de realizar o referendo "num clima calmo e positivo que permita aos gregos tomar uma decisão crucial sem pressão externa". O referendo irá realizar-se no domingo 5 de Julho. A pergunta será: "concorda que devemos assinar a proposta das instituições?"

 

Este pedido foi feito porque, no fim-de-semana, após a decisão de convocar o referendo, houve uma primeira rejeição por parte da Europa. "Lamentavelmente, e por motivos pouco claros, este pedido não foi aceite. A decisão – juntamente com a decisão do Banco Central Europeu que se seguiu – levou a graves consequências sobre o financiamento do sistema bancário grego e sobre a liquidez da economia grega", comentou.

 

Permanência no euro não está em causa

 

Tsipras escreveu que o referendo é "um direito democrático soberano do povo grego" e esclareceu que nada mais está em dúvida com a sua realização a não ser as propostas que a Europa pretende que Atenas implemente.

 

"O referendo centra-se apenas nas propostas das instituições e não levanta, nem directa nem indirectamente, qualquer questão em torno da pertença da união monetária e financeira, em relação à qual o governo grego está totalmente comprometido", garantiu o primeiro-ministro helénico.


Depois do referendo de 5 de Julho, o governo de Atenas quer iniciar mais conversações com a Europa. Essas negociações, disse o líder do Executivo, poderão contribuir para o objectivo comum de alcançar um acordo que seja benéfico para as várias partes. Até lá, e sem um aumento da linha de emergência fornecida pelo BCE, os bancos gregos foram encerrados e o controlo de capitais foi instituído. 

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