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Sánchez propõe um "novo contrato social" para a Europa
Citando Pessoa e inspirando-se no exemplo de António Costa, o primeiro-ministro espanhol defendeu que o que mais importa não é a forma como se chega ao poder mas aquilo que se faz quando este é conquistado. Pedro Sánchez propõe um "novo contrato social" para a UE.
"Dizia Fernando Pessoa, querido António, que não podemos reduzir a política a uma mera batalha ou reflexão sobre como chegar ao poder. Os socialistas portugueses mostraram que mais importante do que chegar ao poder é o que fazer quando se chega ao poder", disse o primeiro-ministro de Espanha no discurso realizado no congresso do Partido Socialista Europeu (PSE) que decorreu nos últimos dois dias no ISCTE, em Lisboa.
O secretário-geral do PSOE defendeu depois a política que o seu governo vai implementar em 2019 com o primeiro orçamento do actual executivo espanhol. Sánchez disse que o orçamento aprovado prevê o cumprimento de três objectivos essenciais: sustentabilidade social, sustentabilidade do meio ambiente e sustentabilidade financeira.
Agradecendo o "compromisso político" do candidato do PSE à Comissão Europeia, Sánchez disse que os socialistas europeus devem assmir como mote para as eleições europoeias de Maio a defesa dos valores da Revolução Francesa - liberdade, igualdade e fraternidade.
Lembrando ameaças ao projecto europeu como o Brexit ou o populismo que prefere designar de "autoritarismo", Pedro Sánchez considera que tudo o que foi alcançado pela União "não é suficiente", pelo que é necessário "propor um novo impulso à União Europeia".
"Temos de propor ao conjunto dos cidadãos europeus um novo contrato social", atirou Sánchez recordando que "acabou" o contrato social segundo o qual quem estudava encontrava trabalho, quem pagava impostos recebia um Estado Social forte.
Como tal, o líder do governo espanhol propõe um novo contrato social assente em cinco pilares: aposta na educação, mercado de trabalho, promoção do bem-estar, meio ambiente e combate às alterações climáticas, e regeneração democrática.