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Estudo: Saída do Reino Unido da UE provocaria contracção do PIB de 14%

Se o hipotético cenário da saída britânica do espaço comunitário se viesse a confirmar, o PIB britânico sofreria uma contracção de 14%. Um estudo de dois institutos alemães, garante que o Reino Unido perderia até 300 mil milhões de euros até 2030 se o país saísse da UE.

27 de Abril de 2015 às 17:08
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O tema está vivo e com o aproximar das eleições ganha preponderância mediática. A eventual saída do Reino Unido da União Europeia (UE), designada pelo acrónimo "Brexit", implicaria uma contracção do produto interno bruto (PIB) britânico de 14% e perdas de até 300 mil milhões de euros até ao ano de 2030, altura em que os efeitos negativos sentidos teriam atingido a sua plenitude.

 

Esta é a principal conclusão do estudo feito por dois reputados institutos alemães, o Ifo e o Bertelsmann Stiftung, e que pretende avaliar as consequências relativas a uma eventual saída britânica da UE, possibilidade que será levada a referendo popular em 2016, de acordo com a promessa feito pelo actual primeiro-ministro, David Cameron, no caso de sair vencedor das eleições legislativas agendadas para o próximo dia 7 de Maio.

 

De acordo com este estudo, mesmo que o Reino Unido, apesar de abandonar o espaço comunitário, acabasse por formalizar um acordo de livre comércio com a UE, os custos continuariam a superar os benefícios resultantes de um "Brexit".

 

Já os custos para os restantes Estados-membros da União seriam significativamente inferiores àqueles que iriam impactar sobre o Reino Unido. Contudo, o estudo citado pelo britânico Guardian assegura que todos sairiam a perder.

 

"O ‘Brexit’ é um jogo perdido, sob uma perspectiva económica, para todos na Europa, particularmente para o Reino Unido", considera Aart De Geus, CEO do Bertelsmann Stiftung.

 

Os estudos sobre o impacto de um "Brexit" têm surgido nos últimos tempos, com a dimensão desse impacto a variar bastante dependendo do tipo de acordo comercial que Londres viria, ou não, a estabelecer com Bruxelas.

 

Independentemente deste factor, e com consequências menos gravosas, um estudo do think-tank Open Europe referia que a saída britânica da União representaria uma diminuição de 2,2% do PIB britânico pelo menos até 2030.

 

Este é um tema que tem marcado a campanha eleitoral para as legislativas britânicas. Confrontado com o crescimento das forças políticas eurocépticas e anti-imigração, que garantiram a vitória do UKIP de Nigel Farage nas eleições europeias de 25 de Maio do ano passado, Cameron prometeu referendar a continuidade do Reino Unido no seio da UE.

 

O principal adversário dos conservadores, Ed Miliband, líder do Partido Trabalhista, tem acenado precisamente com as consequências imprevisíveis resultantes da saída da União, algo que garante ser provável caso Cameron seja reconduzido para um segundo mandato.  

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