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Plano Juncker poderá gerar 2,1 milhões de empregos até 2018
A Organização Internacional do Trabalho acredita que o plano Juncker poderá gerar 2,1 milhões de empregos até meados de 2018. São números mais optimistas do que os da Comissão que estima criar até 1,3 milhões de postos de trabalho em três anos.
O plano de apoio ao investimento anunciado pela Comissão Europeia em Novembro do ano passado, poderá gerar 2,1 milhões de postos de trabalho até meados de 2018, defende a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os números são mais optimistas do que os da Comissão, que esperava criar até 1,3 milhões de empregos em três anos.
O relatório da OIT "Uma estratégia de investimento orientada para o emprego na Europa" mostra que uma combinação de investimento público e privado no total de 315 mil milhões de euros pode promover a competitividade da Europa e ajudar a combater a crise do emprego. No entanto, o sucesso do plano Juncker, como ficou conhecido, depende da forma como o programa for concebido.
O plano "pode complementar as medidas de política monetária recentemente anunciadas pelo Banco Central Europeu, com incentivos ao investimento empresarial, crescimento e criação de emprego", sublinhou o director do Departamento de Investigação da OIT, Raymond Torres.
Segundo o relatório da OIT, para que o plano tenha um impacto significativo no combate ao desemprego, deverá incluir uma parcela significativa de investimento privado, especialmente entre as pequenas empresas. E, em segundo lugar, ter em atenção as grandes disparidades que existem ao nível do desemprego em toda a União Europeia, no sentido de as economias mais afectadas poderem beneficiar desse fundo. Na ausência destas duas condições, alerta a OIT, o plano fará pouca ou nenhuma diferença nas perspectivas de emprego da UE.
Além disso, acrescenta a Organização, é crucial que o plano seja acompanhado de uma estratégia de emprego de longo prazo que se concentre em empregos de qualidade e reformas equilibradas.
O plano Juncker assenta na criação de um "fundo de estratégico" de 21 mil milhões de euros, para o qual convergirão verbas e garantias de instituições europeias, designadamente do Banco Europeu de Investimento, que terá um papel-chave no esquema, graças ao seu 'rating' de triplo A (o mais elevado). A expectativa de Bruxelas é que o valor deste "motor de arranque" possa chegar ao terreno multiplicado por, pelo menos, quinze - daí o valor esperado de 315 mil milhões de euros de investimento real adicional.