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Parlamento Europeu demite Kaili que alega inocência

Eva Kaili, que foi detida num caso que envolve suspeitas de corrupção relacionadas com o Qatar, viu o seu mandato chegar ao fim no PE, num voto que contou com o apoio da maioria dos deputados.

A agora ex-vice-presidente do Parlamento Europeu terá feito lóbi ilegal a favor do Qatar.
Parlamento Europeu/via Reuters
13 de Dezembro de 2022 às 13:15
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Eva Kaili, vice-presidente do Parlamento Europeu que foi detida num caso que envolve suspeitas de corrupção relacionadas com o Qatar, viu o seu mandato chegar ao fim na instituição.

O Parlamento Europeu (PE) realizou esta terça-feira um procedimento de voto para a expulsão da deputada grega que foi aprovado com 625 votos a favor, um contra e duas abstenções, "representando uma dupla maioria de dois terços dos votos expressos e uma maioria dos deputados que compõem o Parlamento", revela a instituição em comunicado.

Ainda durante a tarde de hoje, o Parlamento vai realizar um debate sobre as suspeitas de corrupção do Qatar e "a necessidade mais ampla de transparência e responsabilização nas instituições europeias", pode ler-se no documento. Já na quinta-feira será votada uma resolução sobre o tema.

A Conferência dos Presidentes, que junta a presidente do PE, Roberta Metsola, e os líderes dos grupos políticos com assento parlamentar, adotou ainda uma declaração em que ressalva a mensagem já transmitida por Metsola no discurso desta segunda-feira. "O Parlamento Europeu vai iniciar um processo interno de reforma para assegurar que a transparência e a responsabilidade são reforçadas" e se tornam firmes e rigorosas.

Eva Kaili diz-se inocente

O advogado da agora ex-vice-presidente do PE, Michalis Dimitrakopoulos, afirma que Kailis se declara inocente e nega ter recebido dinheiro. "[Eva Kaili] não tem nada a ver com o financiamento do Qatar, nada, explicitamente e inequivocamente. Essa é a posição dela", disse Dimitrakopoulos ao canal de televisão grego OPEN.

Quanto ao pai da deputada grega, que segundo a imprensa foi detido quando tentava fugir com sacos cheios de dinheiro, o advogado acrescentou que não lhe foram impostas condições restritivas e que "é livre de regressar para a Grécia".
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