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Nove anos depois de chegar ao poder, 74% dos alemães aprovam governação de Angela Merkel

A chanceler alemã alcança a maior taxa de aprovação desde 2007, ano do seu primeiro mandato. O actual Governo de coligação é o mais popular na Alemanha desde que a sondagem teve início em 1997.

1 – Angela Merkel, Chanceler da Alemanha
Bloomberg
11 de Agosto de 2014 às 10:58
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Regra geral, quanto mais tempo um político está no poder, menor é a sua popularidade. Esta regra poderá aplicar-se em praticamente todas as democracias, mas existe uma excepção na Europa.

 

Nove anos depois de se ter tornado chanceler da maior economia da União Europeia, Angela Merkel continua a gozar de uma elevada popularidade entre os alemães.

 

Uma sondagem realizada recentemente revelou que a maioria dos alemães, 74% no total, aprova a governação da chanceler. Este é o resultado mais elevado desde Novembro de 2007, segundo a sondagem "Deutschlandtrend" divulgada pelo jornal alemão Die Welt.

 

Mas se Merkel regressa a níveis de popularidade alcançados no início da sua governação, já o executivo alemão alcança níveis históricos.

 

Este é o Governo mais popular na Alemanha desde que a sondagem mensal começou a ser levada a cabo em 1997, com 59% dos alemães a revelarem-se satisfeitos com o trabalho do Executivo de Angela Merkel.

 

A Alemanha é actualmente governada por uma coligação entre a CDU/CSU, de centro-direita, de Merkel e o SPD, de centro-esquerda, de Sigmar Gabriel, vice-chanceler e ministro da Economia. 


Mas se Angela Merkel regista a aprovação da maioria dos alemães, outro ministro também goza de grande popularidade. Franz-Walter Steinmeier, do SPD e ministro dos Negócios Estrangeiros, conta igualmente com uma aprovação de 74%.

 

Na terceira posição surge o ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, com 65% de aprovação. O vice-chanceler Sigmar Gabriel surge no quinto lugar com uma taxa de aprovação mais baixa, com 50%.

 

Os partidos de coligação mantêm-se em níveis semelhantes aos resultados obtidos nas eleições de Setembro de 2013. Se houvesse eleições agora, 41% dos inquiridos votariam na CDU/CSU, enquanto 26% votaria no SPD.


No seu país, a chanceler é elogiada pela forma como liderou a Alemanha e a Europa durante a crise na Zona Euro. Elogios que não encontram o mesmo eco em outros países europeus.


A chanceler alemã foi considerada a mulher mais poderosa do mundo pela revista Forbes por nove vezes nos últimos 10 anos. É actualmente a chefe de governo há mais tempo no cargo na União Europeia.

 

Protestante, mulher e originária da antiga República Democrática Alemã, Angela Merkel subiu a pulso num partido católico, conservador e dominado por homens.

 

Eleita pela primeira vez em 2005, a política conservadora já foi mais duas vezes a eleições - 2009 e 2013 - e saiu sempre vitoriosa. Nas eleições de 2013, a CDU alcançou o melhor resultado desde a reunificação das duas Alemanhas em 1990.

 

Sucedeu a Wolfgang Schäuble na liderança do partido no ano 2000 quando este se viu envolvido num caso de financiamentio ilegal do partido, a par do antigo chanceler Helmut Kohl. Para trás, ficaram as ambições do actual ministro das Finanças de se tornar chanceler, com Angela Merkel a agarrar esta oportunidade com as duas mãos, com os resultados já conhecidos.

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