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Mogherini em Cuba para reforçar laços entre Bruxelas e Havana

Com a visita a Cuba da responsável pela política externa europeia, Bruxelas quer reforçar as relações entre o bloco europeu e Cuba, isto depois de os Estados Unidos terem decretado o fim do embargo comercial aplicado ao regime cubano durante meio século.

Reuters
24 de Março de 2015 às 13:37
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A Alta Representante para a Política Externa e de Segurança da União Europeia (UE), Federica Mogherini, está esta terça-feira, 24 de Março, em Cuba naquela que é a primeira viagem oficial de um chefe diplomático comunitário à ilha. Mogherini, que chegou a Cuba ainda na segunda-feira, pretende normalizar e reforçar as relações diplomáticas e comerciais com Cuba, aproveitando o recente desanuviamento das relações entre Havana e Washington. Esta visita acontece "num momento chave", reconhece Federica Mogherini.

 

A política italiana reúne-se hoje com oficiais cubanos e também com representantes da sociedade civil para tentar medir o pulso às actuais relações entre Bruxelas e Havana. Mogherini vai encontrar-se com o ministro dos Estrangeiros cubano, Bruno Rodríguez, com o ministro da Economia, Marino Murillo, e ainda com o ministro responsável pelo Comércio Externo, Rodrigo Malmierca. O arcebispo de Havana, o cardeal Ortega, também irá conversar com a responsável europeia.

 

Actualmente, segundo escreve o El País, a UE é o principal investidor estrangeiro na ilha e o segundo maior parceiro comercial logo atrás da Venezuela. Um terço dos turistas que visitam Cuba são europeus. O La Stampa escreve que desde o fim do embargo norte-americano a Cuba, anunciado a 17 de Dezembro último, as agências de viagens dos Estados Unidos registam um número de pedidos de informação e reservas de voos para Cuba dez vezes superior face ao período em que ainda vigorava o embargo comercial. 

 

"A UE é um parceiro importante de Cuba e tem de desempenhar um papel activo", revelou Federica Mogherini em declarações ao periódico espanhol, enquanto a BBC cita a italiana que promete "dar um passo em frente na relação" bilateral.

 

No entanto, apesar de se esperarem avanços nas conversações relativas às relações económicas, mais difícil será o aspecto dos direitos humanos na ilha, factor que há muito constrange um reforço das relações diplomáticas entre Bruxelas e Havana.

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