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Merkel chega a acordo sobre refugiados com parceiros da CSU

O saldo anual entre entradas e saídas no país fica estabelecido em 200 mil pessoas e será proposta uma lei que dê primazia a refugiados cujas competências se encaixem no mercado de trabalho. CDU prossegue agora contactos com outros futuros parceiros de coligação.

Reuters
09 de Outubro de 2017 às 00:02
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Um dos temas que mais marcaram o último mandato de Angela Merkel – e condicionou o resultado eleitoral do seu partido, a CDU, em 24 de Setembro – já está pacificado com os seus parceiros de coligação da Baviera, a CSU.

Segundo o acordo conhecido este domingo, 8 de Outubro, o partido da chanceler alemã comprometeu-se a estabelecer um saldo anual migratório máximo de 200 mil indivíduos para o número de refugiados que procuram o país por razões humanitárias.

"Queremos atingir um número total de pessoas acolhidas por razões humanitárias (refugiados e requerentes de asilo, com direito a protecção subsidiária, familiares, recolocação e reinstalação, subtraídos a deportações e partidas voluntárias de futuros refugiados) que não ultrapassem as 200,000 pessoas por ano," lê-se no acordo.

Entre 2015 e 2016 o número de chegadas de refugiados ao país caiu de 890 mil (pico das entradas, quando Merkel decidiu a abertura de fronteiras) para 280 mil, esperando-se que volte a reduzir-se este ano.

Os refugiados que pretendam asilo ficarão instalados em centros até que a decisão das autoridades seja conhecida e repatriados caso a decisão seja negativa. Os dois partidos concordaram ainda promover uma lei da imigração que dê prioridade a migrantes cujas competências se encaixem nas necessidades do mercado de trabalho.

O entendimento foi obtido, segundo a Reuters, ao fim de sete horas de negociações, estando por saber se há também acordo em matérias como pensões e Europa, o que só amanhã se saberá.

O acordo com o partido-irmão CSU é o primeiro passo para que Merkel possa depois tentar uma coligação com outros partidos, como os liberais do FDP e os Verdes, depois de o SDP se ter manifestado indisponível para renovar a parceria com os democratas-cristãos.

Os contactos exploratórios com Verdes e FDP poderão começar em breve mas a criação de uma coligação pode demorar meses. Se não for alcançado acordo, Merkel poderá optar por governar em minoria ou desencadear novas eleições.
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