Notícia
May deixa em aberto remodelação governamental
A imprensa britânica diz que as declarações da primeira-ministra abrem a porta à substituição de Boris Johnson. Mas a líder do governo terá também o seu futuro a prazo, segundo alguns dos seus próprios ministros.
08 de Outubro de 2017 às 14:54
A primeira-ministra do Reino Unido sugeriu a possibilidade de levar a cabo alterações no governo que podem passar por substituir o ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, que tem sido acusado de tentar fazer valer a sua própria visão no processo de saída da União Europeia.
Questionada pelo jornal Sunday Times sobre qual o futuro de Johnson no Executivo, Theresa May disse que faz parte da sua missão garantir que tem os melhores na sua equipa.
"Nunca foi meu hábito esquivar-me a um desafio e não vou começar agora. (...) Eu sou a primeira-ministra e parte do meu trabalho é garantir que tenho sempre os melhores na minha equipa, tirar o maior partido da riqueza de talentos do partido," afirmou, em palavras que o jornal intepreta como estando May a preparar-se para afastar e substituir ministros que se têm mostrado incómodos.
Segundo a Reuters, Boris Johnson é visto como um potencial sucessor de May à frente dos Conservadores, onde a liderança da primeira-ministra se tem enfraquecido desde que em Junho perdeu a maioria parlamentar em eleições que desencadeou.
O próprio MNE considerou também este domingo, 8 de Outubro, que seria mau afastar May do cargo - como é pretendido por 30 personalidades do partido conservador -, já que isso levaria a novas eleições que poderiam conduzir os trabalhistas ao poder.
Afirmações que no entanto colidem com as suas atitudes recentes, ao apresentar a sua própria visão para o Brexit pouco tempo antes da revelação pública da estratégia oficial por parte de Theresa May e nas semanas que antecederam a convenção do partido, marcada por episódios caricatos envolvendo May.
Mas há outro cenário a ganhar forma: entre os membros do Governo a possibilidade de saída de May é vista como uma inevitabilidade. "Agora é uma questão de 'quando'. (...) Parece-me que estará terminado antes do Natal," afirmou um ministro de May ao Sunday Times.
Um outro governante - também não identificado - terá dito que será necessária uma transição suave para um novo líder e que a primeira-ministra já não estará no cargo quando ocorrer a próxima eleição, em 2022.
A possibilidade de mexidas no governo e o cepticismo em relação ao futuro da primeira-ministra surge a horas de se iniciar a quinta ronda de negociações entre Londres e Bruxelas para acertar as condições de saída do Reino Unido da União Europeia, que deverá acontecer até Março de 2019.
Questionada pelo jornal Sunday Times sobre qual o futuro de Johnson no Executivo, Theresa May disse que faz parte da sua missão garantir que tem os melhores na sua equipa.
Segundo a Reuters, Boris Johnson é visto como um potencial sucessor de May à frente dos Conservadores, onde a liderança da primeira-ministra se tem enfraquecido desde que em Junho perdeu a maioria parlamentar em eleições que desencadeou.
O próprio MNE considerou também este domingo, 8 de Outubro, que seria mau afastar May do cargo - como é pretendido por 30 personalidades do partido conservador -, já que isso levaria a novas eleições que poderiam conduzir os trabalhistas ao poder.
Afirmações que no entanto colidem com as suas atitudes recentes, ao apresentar a sua própria visão para o Brexit pouco tempo antes da revelação pública da estratégia oficial por parte de Theresa May e nas semanas que antecederam a convenção do partido, marcada por episódios caricatos envolvendo May.
Mas há outro cenário a ganhar forma: entre os membros do Governo a possibilidade de saída de May é vista como uma inevitabilidade. "Agora é uma questão de 'quando'. (...) Parece-me que estará terminado antes do Natal," afirmou um ministro de May ao Sunday Times.
Um outro governante - também não identificado - terá dito que será necessária uma transição suave para um novo líder e que a primeira-ministra já não estará no cargo quando ocorrer a próxima eleição, em 2022.
A possibilidade de mexidas no governo e o cepticismo em relação ao futuro da primeira-ministra surge a horas de se iniciar a quinta ronda de negociações entre Londres e Bruxelas para acertar as condições de saída do Reino Unido da União Europeia, que deverá acontecer até Março de 2019.