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Itália: Renzi duvida que novo governo dure até ao Verão

O novo governo ainda não foi anunciado, mas o ex-primeiro-ministro não acredita que o seu sucessor consiga mantê-lo por muito tempo e prevê já eleições antecipadas em Junho.

Reuters
Negócios 12 de Dezembro de 2016 às 14:26
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O primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, reuniu-se nesta segunda-feira, 12 de Dezembro, com dirigentes do seu partido e com as formações de centro-direita com quem o Partido Democrático tem governado para finalizar a composição do que será o 64º governo em 70 anos e tentar garantir que este terá o necessário apoio uma vez saubmetido ao parlamento.

O encontro surge dois dias depois do até agora chefe da diplomacia italiana ter aceite o convite do presidente do país, Sergio Mattarella, para formar um novo executivo no rescaldo da demissão Matteo Renzi (na foto), que abandonou o cargo de primeiro-ministro após ter perdido o referendo em que pedia uma profunda alteração ao sistema político do país.


Segundo a imprensa italiana, Gentiloni deverá apresentar o seu elenco esta tarde e manter o essencial dos ministros do anterior primeiro-ministro, incluindo Pier Carlo Padoan na pasta das Finanças.

Renzi não acredita, porém, que o seu sucessor consiga manter-se no cargo por muito tempo e, sobretudo, dar seguimento ao pedido do presidente para que aprove legislação que harmonize os métodos de eleição nas câmaras baixa e alta. Embora a actual legislatura termine em 2018, aposta em eleições antecipadas ainda antes do Verão. "As próximas eleições, presumivelmente em Junho, serão realizadas com um sistema de voto proporcional", igual ao actual, disse Renzi em entrevista ao Quotidiano.net.

 

Actualmente, a Itália tem leis eleitorais diferentes para as duas câmaras e o presidente do país disse neste fim-de-semana ser "prioritário" harmonizar as normas para tentar criar condições para que um governo coerente possa emergir das próximas eleições.

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