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Grandes empresas britânicas assinam carta a favor da permanência na UE

Os responsáveis de cerca de metade das empresas do londrino FTSE-100 elaboraram um documento a favor da permanência do Reino Unido na UE onde defendem que o país é "melhor, mais forte e mais seguro" no bloco dos 28.

22 de Fevereiro de 2016 às 13:20
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A maioria das grandes empresas britânicas quer que o Reino Unido permaneça na União Europeia. Por isso mesmo, dezenas de empresários vão colocar-se ao lado de David Cameron e fazer campanha contra o "Brexit", dando ao primeiro-ministro um apoio importante, depois de vários membros do Executivo e alguns políticos populares terem garantido que apoiam a saída do bloco dos 28 países.

Segundo fontes citadas pela Bloomberg, os líderes da WPP, Royal Dutch Shell, GlaxoSmithKline e BT Group, entre outros, assinaram uma carta defendendo que o país é "melhor, mais forte e mais seguro" como membro da União Europeia. O documento, assinado por responsáveis de cerca de metade das empresas do principal índice bolsista do Reino Unido, o FTSE-100, será divulgado esta semana.

"Empresas como as nossas precisam de um acesso sem restrições ao mercado europeu de 500 milhões de pessoas, a fim de continuar a crescer, investir e criar empregos", lê-num esboço da carta assinada pelos empresários, segundo a agência noticiosa. "Acreditamos que a saída da UE iria travar o investimento e ameaçar empregos. Colocaria a economia em risco".

De acordo com o The Guardian, os líderes das principais retalhistas do país, Sainsbury's, Morrisons e Tesco recusaram assinar a carta 

Depois de, na sexta-feira, David Cameron ter chegado a um acordo com os líderes europeus para a permanência do Reino Unido na UE, o primeiro-ministro agendou o referendo sobre o tema para o próximo dia 23 de Junho.

Contudo, o chefe do Governo já tem opositores à sua campanha contra o "Brexit", entre os quais o mayor de Londres Boris Johnson. "Vou defender o voto para a saída do Reino Unido da União Europeia no referendo. Não queria ir contra David Cameron mas quero um acordo melhor para as pessoas deste país", afirmou este domingo.

Boris Johnson junta-se a cinco membros do Executivo de David Cameron que logo após o conselho europeu se demarcaram do acordo alcançado em Bruxelas e anunciaram que vão fazer campanha a favor da saída do Reino Unido da União Europeia.

Uma sondagem telefónica realizada pela Survation no domingo mostra que 48% dos inquiridos quer que o Reino Unido continue na UE. 33% admite que vai votar a favor do "Brexit" e 19% dos que responderam às questões estão indecisos.

As preocupações demonstradas pelos empresários vão ao encontro dos alertas feitos esta segunda-feira pela Moody’s, que avisa que a saída do Reino Unido da UE seria penalizadora para o país.

Numa nota assinada por Kathrin Muehlbronner, a agência de notação financeira considera que a eventual decisão de deixar a UE afectaria o rating do Reino Unido, que poderá ser colocado sob "outlook" negativo. A menos que o país conseguisse negociar um bom acordo comercial com o bloco dos 28 países, as exportações britânicas seriam afectadas e as perspectivas de crescimento penalizadas.

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