Notícia
Burberry e Swatch levam bolsas europeias ao vermelho
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
Burberry e Swatch levam bolsas europeias ao vermelho
Os principais índices europeus terminaram a sessão desta segunda-feira em baixa, recuando de máximos de cinco semanas registados na passada sexta-feira. Os produtos de consumo foram o setor com pior desempenho desde novembro, atingidos pela revisão em baixa dos lucros da Burberry, por fracos resultados do grupo Swatch e dados negativos da economia chinesa, que parecem estar a contagiar as ações europeias, assim como a tentativa de assassinato de Donald Trump, nos Estados Unidos.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, caiu 1,02% para 518,73 pontos, pondo fim a três dias de ganhos, com os setores químico, "housegoods" (artigos para o lar) e "utilities" a caírem mais de 1%.
A pressionar o "benchmark" esteve a empresa de luxo britânica Burberry que derrapou mais de 16%, após as revisões em baixa do lucro anual, que fez a gigante de moda cancelar a distribuição de dividendos e substituir o CEO Jonathan Akeroyd há dois anos no cargo, pelo antigo líder da Coach, Joshua Schulman.
Também a fabricante de relógios Swatch caiu 9,8% com o anúncio da queda de vendas e lucros no primeiro semestre.
A empurrar as ações europeias esteve ainda o setor mineiro, que perdeu 1,6%, acompanhando a queda dos preços dos metais, com os dados da economia chinesa a mostrarem um abrandamento no segundo trimestre.
Uma possível vitória de Donald Trump do outro lado do Atlântico abalou as ações das empresas europeias de energia renovável, com os investidores a recearem medidas negativas para o setor. A dinamarquesa Orsted caiu 5,50%, a alemã Nordex perdeu 4,58% e Siemens Energy recuou 4,94%.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax recuou 0,84%, o francês CAC-40 desvalorizou 1,19%, o italiano FTSEMIB perdeu 0,59%, o britânico FTSE 100 caiu 0,85% e o espanhol IBEX 35 derrapou 0,96%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,79%.
Alívio de juros na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram no arranque de mais uma semana, o que sinaliza um maior apetite dos investidores por obrigações.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos aliviou 3,7 pontos base para uma taxa de 3,033%.
Já a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a Zona Euro, cederam 2,3 pontos para 2,469%.
A rendibilidade da dívida espanhola desceu 3 pontos para 3,225%, a da dívida italiana recuou 4,6 pontos para 3,744% e a da dívida francesa caiu 4 pontos base para 3,110%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica registaram um decréscimo de 0,8 pontos base para 4,100%.
Petróleo recua com fraca procura dos EUA e China
Os preços do crude estão a negociar em baixa, com os "traders" a avaliarem sinais de fraca procura da matéria-prima nos Estados Unidos e na China e o ataque a Donald Trump durante o comício republicano deste fim-de-semana.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a recuar 0,21% para 82,04 dólares por barril. Os preços do WTI caíram de máximos mensais, já que o pico do consumo do outro lado do Atlântico foi atingido no dia 4 de julho.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 0,08% para 84,96 dólares.
A tentativa de assassinato de Trump trouxe ainda mais incerteza na corrida eleitoral à Casa Branca, mas os investidores prevêm cada vez mais uma vitória do candidato republicano - cenário que poderá dar força ao dólar e pressionar os ativo-refúgio, como é o caso do "ouro negro". Também a queda da procura do petróleo por parte da China durante o primeiro semestre pesa no crescimento do consumo da matéria-prima, afirmou a Agência Internacional de Energia (EIA), de acordo com a Bloomberg.
Ouro em recuperação após ter estado a negociar em queda
O ouro encontra-se a recuperar após ter estado a negociar em queda durante esta manhã.
Numa primeira reação à tentativa de assassinato do ex-presidente dos EUA e candidato republicano, Donald Trump, o ouro negociou em baixa devido à pressão exercida pelo aumento do valor do dólar.
Agora, devido a ser tradicionalmente um ativo de refúgio em tempos de incerteza, como aqueles que se vivem nos EUA, o metal amarelo regista um avanço de 0,39% para 2.420,75 dólares por onça, não estando muito longe do valor recorde de 2.450 dólares por onça alcançado no final de maio.
"A incerteza em torno do cenário político e económico dos EUA, juntamente com as preocupações sobre a sustentabilidade do défice dos EUA, deverá reforçar os preços do ouro a longo prazo", segundo um relatório do Saxo Bank A/S.
O metal precioso subiu cerca de 17% este ano, apoiado pelo aumento das tensões geopolíticas e pelas compras de bancos centrais e consumidores chineses. O metal precioso avançou nas últimas semanas, à medida que aumentam os sinais de que a Fed se está a aproximar da sua tão esperada viragem para taxas de juro mais baixas.
Dólar cai antes de discurso de Powell
As apostas na reeleição de Donald Trump para ocupar o cargo de presidente dos Estados Unidos deu pujança ao dólar esta manhã, mas agora parece já não convencer os investidores.
A nota verde perde 0,09% para 0,9160 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da divisa norte-americana em relação às suas principais concorrentes - está estável nos 104,089 pontos. Já face à moeda nipónica, o dólar avança ligeiros 0,03% para 157,8800 ienes.
Esta semana será marcada por uma enchente de comentários de membros da Reserva Federal, que hão-de dar mais pistas sobre o rumo da política monetária e as taxas de juro.
Dow Jones alcança novos máximos após tentativa de assassinato de Trump
Wall Street abriu a primeira sessão da semana no verde, com os investidores a avaliarem o impacto da tentativa de assassinato de Donald Trump, o candidato republicano ao cargo da presidência dos EUA.
O S&P 500 soma 0,46% para 5.641,16 pontos, enquanto o índice Nasdaq Composite avança 0,59% para 18.508,81 pontos, penalizado pelas grandes tecnológicas. O industrial Dow Jones ganha 0,69% para 40.276,82 pontos e alcança um novo máximo histórico.
Apesar de se esperar que uma tentativa de assassinato de um candidato à presidência da maior economia do mundo pudesse trazer alguma instabilidade aos mercados, os investidores especulam agora que isto pode cimentar a posição de Trump e do Partido Republicano à corrida presidencial.
"Trump já era o claro favorito a uma vitória nas próximas eleições, e toda esta situação do tiroteio vai só cimentar o seu estatuto", afirmou Adam Crisafulli, fundador da Vital Knowledge, numa nota acedida pela CNBC.
Para além da posição reforçada de Trump na corrida presidencial, a "earnings season" está ainda a captar as atenções dos investidores. As ações da Goldman Sachs cresceram 1,46% para 487,71 dólares por título, depois das contas trimestrais da empresa terem excedido as expectativas dos analistas.
O banco de investimento registou receitas de 12,73 mil milhões de dólares, contra as previsões de mercado de 12,46 mil milhões – um aumento de 17% em relação ao período homólogo. Em termos de lucros, a Goldman Sachs cresceu 150% para 3,04 mil milhões.
Ainda esta semana vão ser conhecidas as contras trimestrais de, pelo menos, mais 40 empresas do S&P500, que incluem nomes como o Bank of América, United Airlines e a Netflix. Os investidores vão ainda estar atentos às declarações de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal norte-americana, hoje no Economic Club of Washington.
Euribor a três e a seis meses descem para mínimos desde maio e julho de 2023
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira e nos prazos mais curtos para novos mínimos, respetivamente, desde 20 de julho e 12 de maio de 2023.
Com as alterações de hoje, as Euribor continuaram em valores muito próximos, mas a taxa a três meses, que recuou para 3,662%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,635%) e da taxa a 12 meses (3,522%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou hoje para 3,635%, menos 0,027 pontos e um novo mínimo desde 12 de maio de 2023, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,8% e 25,2%, respetivamente.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu, ao ser fixada em 3,662%, menos 0,002 pontos e um novo mínimo desde 20 de julho de 2023, depois de em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também recuou hoje, para 3,522%, menos 0,042 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se na quinta-feira. Os investidores antecipam uma manutenção das taxas nesta reunião, mas uma nova descida na reunião de setembro.
O BCE desceu em 06 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
Uma descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação.
Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.
A média da Euribor em junho desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em maio e nos prazos mais curtos.
A média da Euribor em junho baixou 0,088 pontos para 3,725% a três meses (contra 3,813% em maio), 0,072 pontos para 3,715% a seis meses (contra 3,787%) e 0,031 pontos para 3,650% a 12 meses (contra 3,681%).
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Bolsas europeias perdem. Mercado avalia atentado contra Trump
As bolsas europeias abriram a semana com perdas, com os mercados mundiais a avaliarem o impacto do atentado contra o ex-Presidente norte-americano, Donald Trump, durante o fim de semana.
O Stoxx 600 cai 0,42% para 521,87 pontos. Quase todos os setores negociavam no vermelho, com exceção para ganhos muito ligeiros no das viagens e dos media. O setor da banca é o que mais perde (-1,07%), bem como o das matérias- primas (-1,09%).
Entre as principais movimentações de mercado, a Burberry chegou a cair 11,07% depois de resultados abaixo do esperado no primeiro trimestre do ano, que levaram à substituição do CEO e corte do dividendo. Também o Swatch Group caiu 9,62% a acompanhar a queda dos lucros, pressionada por uma redução das vendas na China.
As bolsas europeias seguem, assim, a tendência das asiáticas, onde os mercados foram pressionados pelos dados do PIB da China, que cresceu 4,7% no segundo trimestre deste ano, abaixo da previsão dos analistas.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax perde 0,31%, o italiano FTSEMIB recua 0,69%, o espanhol IBEX 35 desce 0,77%, o britânico FTSE 100 desvaloriza 0,57% e o francês CAC-40 cai 0,57%.
Juros na Zona Euro aliviam
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar esta segunda-feira, depois de terem terminado a semana passada a subir.
A "yield" da dívida italiana a dez anos desce 1,7 pontos base para 3,773%. Já a rendibilidade da dívida pública portuguesa com a mesma maturidade alivia 2,1 pontos para 3,049%, enquanto a das obrigações soberanas espanholas registou um decréscimo de 1,8 pontos para 3,237%.
Por seu lado os juros da dívida francesa, com prazo a dez anos, aliviaram 1,8 pontos base para 3,132%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs na mesma maturidade, e de referência para a região, recuou 2,1 pontos base para 2,471%.
Fora da Zona Euro, os juros das Gilts britânicas, com prazo a dez anos, desceram 0,4 pontos base para 4,103%.
Tentativa de assasinato de Trump dá força ao dólar. Ouro sai penalizado
O ouro está a negociar em queda, numa altura em que está a ser pressionado por um dólar mais forte, com o aumento da incerteza política nos Estados Unidos depois da tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump.
O ouro recua 0,35% para 2.402,95 dólares por onça.
De acordo com os analistas ouvidos pela Bloomberg uma valorização do dólar significa que o ataque a Trump foi lido pelos "traders" como concedendo mais força a uma vitória do ex-presidente republicado em novembro. Este cenário pressiona o ouro, tornando o metal, que está cotado em dólares, mais dispendioso para compradores em moeda estrangeira.
No mercado cambial, o dólar ganha 0,17% para 0,9184 euros, ao passo que o índice do dólar - que mede a força da divisa norte-americana em relação às suas principais concorrentes - avança 0,18% para 104,285 dólares.
Petróleo em ligeira queda com força do dólar
Os preços do petróleo estão a desvalorizar ligeiramente, depois de terem estado entre ganhos e perdas durante a madrugada desta segunda-feira. Uma subida do dólar esta manhã, depois da tentativa de assassinato de Donald Trump, esteve a pressionar os preços do "ouro negro".
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, cede 0,04% para 82,18 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,08% para 84,96 dólares por barril.
"Não é surpreendente que, após a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump no fim de semana, estejamos a assistir a um dólar mais forte, e essa força está a pesar sobre o petróleo", explicou à Reuters Warren Patterson, estratega-chefe de matérias-primas do ING.
"Além disso, o mercado também está a aceitar a ideia de que a procura chinesa de petróleo pode muito bem dececionar este ano", acrescentou, no dia em que se inicia o terceiro plenário do Partido Comunista Chinês, que pretende definir a orientação económica do país para a próxima década.
Futuros da Europa em terreno negativo. China penaliza sessão asiática
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão em terreno negativo, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a descerem 0,71%, num dia com poucos catalisadores no Velho Continente, além da produção industrial na Zona Euro, relativa a maio.
Na Ásia, as principais praças desvalorizaram pela segunda sessão consecutiva, com Hong Kong a liderar as perdas, em mínimos de uma semana.
O sentimento de aversão ao risco tem persistido na China, depois de terem sido conhecidos dados económicos que mostraram que a economia chinesa registou o menor crescimento económico dos últimos cinco trimestres no último trimestre.
As crescentes expectativas de que Donald Trump poderá ganhar as eleições nos Estados Unidos em novembro estão também a gerar receios de que as tarifas possam aumentar, penalizando a economia chinesa.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, perdeu 1,51% e o Shanghai Composite está inalterado. No Japão, tanto o Nikkei como o Topix estão encerrados devido a um feriado. Já na Coreia do Sul, o Kospi regista um acréscimo de 0,26%.