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Governo grego analisa relatório de dívidas da Alemanha à Grécia

O Ministério das Finanças da Grécia elaborou um relatório acerca de dívidas que dizem respeito às indemnizações e empréstimos a que o país, que é o berço da democracia, tem direito a receber da Alemanha, depois da Segunda Guerra Mundial. Primeiro-ministro decidirá o que fazer com o documento.

08 de Abril de 2013 às 19:29
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Uma equipa do Ministério das Finanças da Grécia elaborou um relatório com a lista de dívidas que a Grécia poderá reclamar da Alemanha, se decidir desenterrar indemnizações e o pagamento de dívidas que tiveram no seguimento da Segunda Guerra Mundial, segundo revela o jornal grego “To Vima” citado pela edição inglesa do alemão “Spiegel Online”.

 

O relatório estará no poder do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Grécia que aguarda uma decisão do primeiro-ministro, Antonis Samaras, acerca do uso que será dado ao relatório.

 

Segundo o artigo, estão em causa dívidas da Alemanha à Grécia que remontam às indemnizações devidas por danos causados à Grécia durante a Segunda Guerra Mundial e por empréstimos que a Grécia concedeu à potência europeia, destinados ao esforço de reconstrução após o conflito.

 

Embora o jornal grego não avance o montante que Berlim deve a Atenas, existem organizações gregas que estimam o crédito grego em 162 mil milhões de euros. Um montante que corresponde a cerca de 80% da dívida do país.

 

“A Grécia nunca recebeu quaisquer compensações, nem pelos empréstimos que foi forçada a fornecer à Alemanha ou pelos danos em que incorreu durante a guerra”, revela o relatório de 80 páginas elaborado pelo Ministério das Finanças.

 

Analistas políticos acreditam que o Governo da Grécia não pretende confrontar Angela Merkel com o relatório. Numa altura em que o país depende do financiamento internacional, o país poderá preferir evitar uma via de confrontação com o principal credor, refere fontes do “Speigel”.

 

A posição oficial do Governo de Atenas foi, recentemente, expressa pelo secretário de Estado das Finanças, Christos Staikouras, que disse que o assunto “merece o direito a ser levado a uma conclusão satisfatória.”

 

Uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou à publicação alemã que essa “será decisão política de alto nível e será Samaras a decidir. Não é altura de iniciar uma luta com Berlim”, acrescentou o responsável.

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