No entender de Cavaco Silva, a tutela atribuída a Carlos Moedas "é uma das mais importantes no conjunto dos portefólios que fazem parte do organigrama da Comissão Europeia". "Ou seja, a Investigação, Ciência e Inovação são decisivas para a competitividade da Europa e para a afirmação da Europa no mundo".

Esta pasta "é da maior importância para que aumente o conteúdo tecnológico e cientifico e para aumentar o emprego qualificado", bem como para melhorar as remunerações", afirmou Cavaco Silva esta sexta-feira em Santarém.

"É o reconhecimento do mérito e capacidade" e "não consigo imaginar melhor pasta para Portugal neste momento", concluiu, desejando "muito sucesso a Carlos Moedas.

O primeiro-ministro também se pronunciou esta tarde sobre a pasta atribuída ao representante de Portugal e sobre a escolha de Carlos Moedas para comissário europeu, considerando que se revelou "muito acertada". Segundo a Lusa, Passos Coelho assegurou que não indicou "nenhuma outra pessoa".

"Eu indiquei o engenheiro Carlos Moedas para comissário europeu. Não indiquei nenhuma outra pessoa. Isso não significa que tenha de pôr defeito em todas as outras pessoas que poderiam eventualmente ter sido comissários europeus", afirmou aos jornalistas, em Sernancelhe.

A ex-presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, disse na quinta-feira, na TVI24, que Portugal perdeu a pasta do Emprego e dos Assuntos Sociais na Comissão Europeia porque Passos Coelho recusou o nome do antigo ministro Silva Peneda.

"Felizmente Portugal tem várias pessoas com qualidades e competências suficientes para poderem desempenhar cargos internacionais, mas eu escolhi o engenheiro Carlos Moedas e não preciso de justificar esta minha escolha pondo defeitos em todas as outras possibilidades", afirmou Passos Coelho.

Na sua opinião, Carlos Moedas ficou com uma pasta "muito importante para a Europa e para Portugal", a da Investigação, Inovação e Ciência. "Também considero muito positivo que a pasta do Clima e da Energia tivesse sido atribuída ao comissário espanhol. Acho que entre Portugal e Espanha dificilmente teríamos conseguido um resultado mais positivo do que este", acrescentou.

O primeiro-ministro mostrou-se convicto de que estes comissários "não estarão a olhar para a situação de Portugal ou de Espanha", mas, conhecendo bem a realidade dos dois países, "darão um incentivo muito grande" para a concretização das "interligações de gás e electricidade que a Península Ibérica precisa de ter para o resto do continente europeu".