Notícia
Brexit: Reino Unido quer período de transição no comércio
A proposta de Londres é que, num período transitório, se mantenha a isenção de taxas alfandegárias e inalterados os procedimentos administrativos. O ministro do Brexit diz que as negociações para a saída da UE podem demorar menos de dois anos.
Numa altura em que estão ainda no início os contactos para negociar a saída do Reino Unido da União Europeia, o governo britânico diz querer assegurar um período de transição nas trocas comerciais com a União Europeia que garanta a ausência de tarifas alfandegárias e mantenha os actuais procedimentos administrativos.
Em entrevista ao canal de televisão ITV, o ministro para o Brexit, David Davis (na foto), disse esta terça-feira, 15 de Agosto, que o Reino Unido não espera ter de pagar para que este período de transição seja possível. "Não, eu penso que não. Devem deixar-nos negociar o que acontece nesse período intermédio," diz.
A Bloomberg refere que, mais dispendiosos do que as tarifas alfandegárias podem ser outros itens, como os que implicam provar a proveniência dos bens comercializados, que implicariam uma factura potencial de mil milhões de libras (1.100 milhões de euros à cotação actual) por ano.
Em causa está a "associação próxima" – nome dado à relação comercial que quer estabelecer com os demais 27 da União, refere a Bloomberg, citando documentos que serão publicados esta terça-feira pelo governo de Theresa May - e que segue a linha defendida pelo ministro das Finanças, Philip Hammond, que advoga uma retirada "suave" da UE.
Uma ideia para atenuar os efeitos da saída do Reino Unido após Março de 2019, mas que poderá não ter acolhimento fácil junto dos parceiros comunitários, que sempre se mostraram contra a tentativa de "cherry picking" de Londres. Ou seja, uma saída selectiva da União Europeia, apesar de Bruxelas estar aberta a uma fase de implementação do acordo, mas não sem antes garantir direitos para os cidadãos do bloco continental e um acordo financeiro.
"Vemos a publicação de uma série de documentos sobre a posição do Reino Unido como um passo positivo para começarmos agora realmente a fase das negociações. O relógio está a contar e isto permitir-nos-á fazer progressos," disse um porta-voz da Comissão Europeia citado pela Reuters, que prometeu estudar "cuidadosamente" as propostas
Numa outra entrevista, mas à BBC Radio, Davis acrescentou que até Outubro não é de esperar que Londres aponte qual o valor a pagar pela saída da União Europeia, como é pretendido pela Comissão Europeia como condição para avançarem as negociações para a futura relação do Reino Unido com a União Europeia.
"Vamos falar sobre isso muito, muito cuidadosamente, por isso nesta fase não vamos comprometer-nos, não haverá um número em Outubro ou Novembro," afirmou, deixando em aberto a possibilidade de o processo de negociação para o Brexit demorar menos de dois anos.
(Notícia actualizada às 9:44 com posição da Comissão Europeia)
Em entrevista ao canal de televisão ITV, o ministro para o Brexit, David Davis (na foto), disse esta terça-feira, 15 de Agosto, que o Reino Unido não espera ter de pagar para que este período de transição seja possível. "Não, eu penso que não. Devem deixar-nos negociar o que acontece nesse período intermédio," diz.
Em causa está a "associação próxima" – nome dado à relação comercial que quer estabelecer com os demais 27 da União, refere a Bloomberg, citando documentos que serão publicados esta terça-feira pelo governo de Theresa May - e que segue a linha defendida pelo ministro das Finanças, Philip Hammond, que advoga uma retirada "suave" da UE.
Uma ideia para atenuar os efeitos da saída do Reino Unido após Março de 2019, mas que poderá não ter acolhimento fácil junto dos parceiros comunitários, que sempre se mostraram contra a tentativa de "cherry picking" de Londres. Ou seja, uma saída selectiva da União Europeia, apesar de Bruxelas estar aberta a uma fase de implementação do acordo, mas não sem antes garantir direitos para os cidadãos do bloco continental e um acordo financeiro.
"Vemos a publicação de uma série de documentos sobre a posição do Reino Unido como um passo positivo para começarmos agora realmente a fase das negociações. O relógio está a contar e isto permitir-nos-á fazer progressos," disse um porta-voz da Comissão Europeia citado pela Reuters, que prometeu estudar "cuidadosamente" as propostas
Numa outra entrevista, mas à BBC Radio, Davis acrescentou que até Outubro não é de esperar que Londres aponte qual o valor a pagar pela saída da União Europeia, como é pretendido pela Comissão Europeia como condição para avançarem as negociações para a futura relação do Reino Unido com a União Europeia.
"Vamos falar sobre isso muito, muito cuidadosamente, por isso nesta fase não vamos comprometer-nos, não haverá um número em Outubro ou Novembro," afirmou, deixando em aberto a possibilidade de o processo de negociação para o Brexit demorar menos de dois anos.
(Notícia actualizada às 9:44 com posição da Comissão Europeia)