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Inflação do Reino Unido estabiliza em Julho
Apesar de o crescimento ter ficado aquém do previsto, os preços ao consumidor continuam a crescer acima da valorização dos salários, impondo um maior esforço aos britânicos. A libra reage em queda.
A evolução anual dos preços ao consumidor na economia britânica manteve-se em Julho nos 2,6%, em linha com a do mês anterior, saindo abaixo do crescimento de 2,7% esperado pelos economistas e ainda distante dos 3% que o Banco de Inglaterra projecta para o final do ano.
Segundo dados do organismo estatístico britânico revelados esta terça-feira, 15 de Agosto, os preços mais baixos dos combustíveis compensaram uma subida nos valores de comercialização de componentes como o vestuário, a alimentação e serviços como electricidade e água.
"Embora a inflação provavelmente comece a cair no próximo ano, percebemos que muitas famílias estejam hoje preocupadas com o custo de vida. É por isso que demos aos que têm menores rendimentos um aumento através do salário mínimo e estamos a reduzir os impostos para 31 milhões de pessoas," reagiu o ministério das Finanças em comunicado.
O Banco de Inglaterra (liderado por Mark Carney, na foto) espera que a inflação média no ano fique em 2,7%, reflectindo a depreciação da libra em 13% que se seguiu à decisão dos eleitores no Brexit, e se encaminhe depois para os 2% após 2019.
O índice de preços no comércio subiu mais do que o esperado, para 3,6%, que segundo o The Guardian é uma má notícia para os utilizadores de transportes públicos, já que é o indicador usado pelo governo para aumentar os preços nos transportes ferroviários.
A libra reage em queda aos números da inflação, tendo chegado a cotar em mínimos de um mês depois de conhecidos os resultados (1,2911 dólares num recuo de 0,41%, agora atenuado para uma cedência de 0,29% para 1,2927 dólares). Face ao euro, a tendência é igualmente de queda, próximo dos mínimos de 10 meses tocados no final da semana passada.
Num outro indicador estatístico conhecido hoje, o preço das casas subiu menos em Junho (4,9%) que em Maio (5%), sendo o crescimento mais fraco desde Março.