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Boris Johnson: Um acordo para o Brexit é a principal prioridade do governo
O mecanismo de salvaguarda da fronteira da Irlanda promete continuar a dificultar um Brexit com acordo. O primeiro-ministro diz que a prioridade é chegar a um acordo, mas reitera que a solução do backstop não pode fazer parte do acordo.
O primeiro-ministro britânico reiterou que o Reino Unido vai sair da União Europeia no final de outubro, com ou sem acordo, apelando à Alemanha e a França que ajudem neste processo. Numa carta enviada ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, Boris Johnson diz que um acordo é a sua maior prioridade.
"Vamos estar preparados para sair a 31 de outubro – com acordo ou não acordo", afirmou o primeiro-ministro do Reino Unido aos jornalistas, citado pela Reuters. "Os nossos amigos e parceiros do outro lado do Canal estão a mostrar um pouco de relutância em mudar as suas posições – tudo bem – eu estou confiante de que vão mudar", acrescentou.
Já numa carta enviada ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, Boris Johnson garante que está muito confiante de que o Reino Unido vai sair da União Europeia com um acordo sendo esta a principal prioridade do governo.
O responsável, que sucedeu a Theresa May à frente do Reino Unido, reitera que o chamado backstop para a fronteira irlandesa não é viável porque é uma questão anti-democrática e inconsistente com a soberania do Reino Unido. O primeiro-ministro diz ainda, dirigindo-se a Tusk, que ambos sabem que o backstop não poderá fazer parte do acordo de saída.
O backstop é uma espécie de rede de salvaguarda que define os termos da relação comercial entre a Irlanda do Norte, o resto do RU, e a UE, quando o Brexit se concretizar. E que tem sido a principal barreira a um acordo entre Bruxelas e Londres.
"O Reino Unido e a União Europeia já acordaram que ‘acordos alternativos’ podem fazer parte da solução. Segundo o qual: eu propus que o ‘backstop’ fosse substituído por um compromisso que ponha em práticas tais acordos tão depressa como o possível antes do final do período de transição, como parte do relação futura", salientou o primeiro-ministro na carta enviada.