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Acordo sobre Brexit pode ser alcançado na próxima semana

Michel Barnier, o responsável pela negociação do Brexit por parte da União Europeia, considera que o acordo sobre a saída do Reino Unido do bloco "estará ao alcance" na próxima semana.

Bloomberg
10 de Outubro de 2018 às 17:42
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A União Europeia está optimista quanto à possibilidade de alcançar um acordo sobre o Brexit até à próxima semana, antes do encontro de líderes dos 28 países do bloco europeu na quarta-feira. Isto numa altura em que continuam por resolver alguns impasses entre as autoridades europeias e o Reino Unido. 

"Um acordo [sobre o Brexit] está ao alcance para o dia 17 de Outubro, próxima quarta-feira, se conseguirmos concluir agora as negociações com sucesso", afirmou Michel Barnier, o responsável pela negociação do Brexit por parte da União Europeia, num discurso perante líderes empresariais no Parlamento Europeu.

O objectivo da União Europeia é que seja possível alcançar um acordo com o Reino Unido antes da cimeira da próxima quarta-feira, na qual se vão reunir os 28 líderes europeus. Ainda hoje, Barnier pediu que se fizessem "progressos decisivos" nas negociações antes deste encontro. 

Contudo, e apesar dos esforços, ainda não há uma luz ao fundo do túnel. O comissário europeu para a Migração, Dimitris Avramopoulos, afirmou que se mantêm as negociações entre os dois lados, mas que ainda não foi possível chegar a um acordo. "Michel Barnier e a sua equipa estão a trabalhar noite e dia para chegarem a um acordo. Mas ainda não chegámos lá", disse o comissário esta quarta-feira. 

Os responsáveis que estão a negociar o Brexit, tanto do lado da União Europeia como do Reino Unido, têm estado reunidos esta semana para tentarem resolver o maior diferendo: a fronteira entre as duas Irlandas.

No essencial, a posição europeia consiste na necessidade de um mecanismo de salvaguarda que assegure que a Irlanda do Norte (parte do Reino Unido) continue obrigada a respeitar as regras aduaneiras estipuladas pelo mercado único europeu, isto mesmo que o Reino Unido adopte outro tipo de relação comercial com a União. Note-se que Londres rejeita continuar a respeitar a liberdade de movimento de cidadãos, uma das quatro liberdades de movimentos fundamentais do mercado único que Bruxelas considera indivisíveis (as outras dizem respeito a capitais, bens e serviços).

Do lado do Reino Unido, a primeira-ministra Theresa May pediu maior flexibilidade relativamente à exigência de Bruxelas respeitante ao chamado "backstop" (o tal mecanismo de salvaguarda) para o problema relacionado com a fronteira entre a Irlanda e a Irlanda do Norte. No fundo, trata-se de uma cláusula impeditiva do estabelecimento de controlos rígidos na fronteira entre as duas Irlandas.
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