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Patrões franceses saíram à rua em protesto

Milhares de pequenos empresários desfilaram pelas ruas de Paris e de Toulouse em protesto contra a excessiva carga fiscal e burocrática que dizem estar a asfixiar a actividade no sector privado.

Reuters
01 de Dezembro de 2014 às 18:46
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É muitíssimo mais comum serem os sindicatos por detrás deste tipo de protestos, mas nesta segunda-feira, 1 de Dezembro, foi uma confederação empresarial, a CGPME, a organizadora de duas manifestações que decorreram em simultâneo em Paris e em Toulouse e que levaram milhares de pequenos empresários à rua (mais de oito mil, nas contas dos promotores; cerca de metade, segundo a polícia) para reclamar contra a excessiva carga fiscal e burocrática que dizem estar a asfixiar a actividade privada.


"Made in France? Até os cadeados são chineses", foi uma das palavras de ordem dos patrões franceses que prometem continuar a sair para as ruas em protesto contra 30 anos de orientação política que, acusam, "aprisionou" a economia e sufocou a iniciativa privada com uma "acumulação de impostos, taxas, restrições e sanções".  

 

Refere a Reuters que as empresas francesas estão entre as que apresentam as mais baixas taxas de lucro da Europa, enfrentando um dos mais rígidos códigos laborais que acaba, paradoxalmente, por desincentivar a contratação. Não obstante a sua redução ter sido eleita a primeira prioridade do presidente socialista François Hollande, a taxa de desemprego em França persiste teimosamente acima de 10%.

 

Segundo a imprensa francesa, desde a aprovação da lei que reduziu para 35 horas a semana laboral, em Outubro de 1999, que não se viam empresários a protestar nas ruas.

 

Iniciativas semelhantes vão repetir-se até 10 de Dezembro, dia em que Emmanuel Macron, o ministro da Economia, deverá apresentar propostas de lei com vista a estimular o investimento e o emprego. As empresas queixam-se de que o discurso do Governo favorável ao empreendedorismo tarda em traduzir-se em iniciativas concretas.

 

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