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Peugeot e Renault pressionam Hollande para acelerar reformas laborais
Os dois maiores fabricantes de automóveis franceses estão a pressionar o presidente Hollande para que acelere o ritmo das reformas laborais. Peugeot Citroen e Renault alegam que estão a perder competitividade quando já se verifica uma ligeira recuperação do mercado europeu.
Em declarações ao Financial Times, à margem da bienal de Paris (uma das maiores exposições de automóveis da Europa), o presidente executivo da marca Peugeot Maxime Picat disse que os produtores franceses estão em desvantagem em relação aos seus concorrentes estrangeiros.
"Algumas reformas estão feitas mas queremos mais porque queremos que a competitividade do país melhore", afirmou aquele responsável ao jornal britânico.
Uma posição partilhada por Carlos Ghosn, o presidente executivo da Renault. Numa entrevista a uma rádio esta semana o gestor disse que "tudo deve ser feito para baixar os custos do trabalho em França em condições que sejam compatíveis com o equilíbrio económico" do país.
Maxime Picat acrescenta que o nível fiscal e os custos sociais colocam uma "enorme pressão" sobre os custos laborais. O gestor refere mesmo que existe um "fosso" em relação aos países "muito próximos da França". Tratando-se de uma indústria exportadora, "esta é uma questão chave para nós", sublinhou.