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Vão a prolongamento as negociações para governo de coligação na Alemanha  

O prazo imposto pelos partidos terminava este domingo, mas o acordo ainda não está fechado.

Nuno Carregueiro nc@negocios.pt 04 de Fevereiro de 2018 às 20:19

A CDU de Angela Merkel e o SPD de Martin Schulz têm de ir a prolongamento para fechar um acordo que possibilite a formação de um governo de coligação entre os dois partidos.

 

O prazo auto-imposto para que o acordo ficasse fechado termina este domingo, mas os partidos já anunciaram que as negociações vão prosseguir esta segunda-feira, já que há pontos onde ainda não existe consenso.

 

As alterações a introduzir nas leis laborais e no sector da saúde são onde persiste o impasse, sendo que nos últimos dias foi possível obter um entendimento na regulação das rendas, expansão da rede de banda larga e habitação. Antes, Merkel e Schulz já tinham chegado a acordo sobre a necessidade de maior integração e mais investimento na Zona Euro. 

 

Falta agora que ambas as partes atinjam um entendimento nas exigências do SPD sobre regras mais apertadas nos contratos de trabalho temporário e nos salários dos médicos.

 

"Estamos determinados, em reuniões ao mais alto nível, a resolver os pontos onde os partidos estão divididos", afirmou Lars Klingbeil, secretário-geral do SPD, no final de uma reunião de nove horas entre os dois partidos. Adiantou desde logo que as negociações retomam esta segunda-feira, pelas 10:00.

 

A chanceler Angela Merkel, momentos antes, tinha dito que iria participar nas negociações "com boa vontade, tendo a expectativa de que pela frente tinha horas de negociações difíceis".

Martin Schulz, também esta manhã, tinha mostrado confiança que seja alcançado um acordo, embora admitisse já a necessidade de um período de tempo extra.

 

Mesmo que as negociações no prolongamento cheguem a bom termo, falta ainda mais uma etapa para que seja reeditada a coligação conhecida por "GroKo". É que o SPD ainda tem de referendar, junto dos seus 440 mil militantes, um eventual acordo final que venha a ser alcançado entre Merkel e Schulz.

 
Se as bases do SPD chumbarem uma nova grande coligação, Merkel poderá sempre tentar retomar negociações para a inédita aliança Jamaica (CDU/CSU-Verdes-FDP), cenário improvável depois do fracasso provocado pela inflexibilidade demonstrada pelos liberais do FDP.

 

Desta forma, o cenário mais provável passaria pela realização de eleições antecipadas, com os politólogos a defenderam que, neste caso, o eleitorado alemão tenderá a penalizar o(s) partido(s) considerados responsáveis pelo(s) fracasso(s) nas negociações para a formação de um governo com apoio maioritário no Bundestag. 

 

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