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Trabalhadores em França em protesto contra aumento da idade da reforma
Principais sindicatos franceses convocaram manifestações e greves para o próximo dia 19 de janeiro. Consideram que o plano de Emmanuel Macron de aumentar a idade da reforma é um "grave recuo social" e negam que a sustentabilidade do sistema previdencial francês esteja em perigo.
Oito dos principais sindicatos franceses anunciaram logo na terça-feira, após o anúncio da intenção do Governo de Emmanuel Macron em subir a idade da reforma, a convocação de várias manifestações e greves para o próximo dia 19 de janeiro. Num comunicado conjunto, os sindicatos indicam que esta primeira jornada de contestação "será o ponto de partida para uma forte mobilização sobre as reformas a longo prazo".
Os protestos marcados contarão também com o apoio de partidos de esquerda em França, que dizem que a reforma proposta é injusta sobretudo para os mais pobres, que começam a trabalhar mais cedo. Além disso, lembram que, segundo o
O plano do Presidente francês prevê que, a partir de 1 de setembro de 2030, a idade mínima da reforma será de 64 anos, ao invés dos 62 atuais. Para isso, a idade irá aumentar três meses a cada ano e, a
Esta é uma reforma que Emmanuel Macron vinha a defender, desde a campanha para o seu primeiro mandato. No entanto, agora, no segundo mandato para o qual foi eleito, não dispõe de uma maioria absoluta no Parlamento.
O diploma será aprovado em Conselho de Ministros a 23 de janeiro, antes de ser enviado ao Parlamento. Apesar desse aumento previsto da idade da reforma, França continuará a ser um dos países com o limite mínimo mais baixo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).