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Ter contas certas "não é suficiente", avisa Marcelo Rebelo de Sousa
O Presidente da República "ainda não vê" uma contestação generalizada em Portugal, mas sugere ao Governo e aos sindicatos de professores que não rompam as negociações.
Tem sido um dos pontos mais sublinhados pelo ministro das Finanças, mas Marcelo Rebelo de Sousa põe água na fervura no argumento das contas certas e avisa que tal "não é suficiente" para um país que depende muito de outras economias europeias.
"Há condicionalismos externos que pesam", lembrou o chefe de Estado, mas sublinhou que "há uma parte de gestão nossa que é fundamental". Marcelo Rebelo de Sousa frisou que Portugal "tem a favor o facto de estar melhor do que França ou Itália, e porventura Espanha, mas isso não faz com que não caiam em cima de nós".
"É evidente que a realidade económico-social depende muito de como correr a guerra e a evolução da economia cá dentro e lá fora", começou por assinalar, lembrando que "dependermos muito da Europa. Se a Alemanha não arrancar tão depressa como esperado, não é Portugal que arranca sozinho", assinalou.
Sem contestação generalizada
Para o Presidente da República, ainda não se verifica uma "contestação generalizada" apesar das greves e manifestações quase diárias. "Há um clima de contestação social generalizado?", questionou, respondendo que "ainda não há. Porquê? Porque o desempregado tem tido uma evolução contida". E mesmo havendo a dúvida se é conjuntural ou estrutural, "é um sinal de uma tendência para o futuro. E conforme uma coisa ou outra os efeitos sociais são diferentes".
Quanto à contestação dos professores, que considera justa, o Presidente deixa um aviso: "O caminho é negociar. O Governo faz mal em romper, mesmo pensando que tem no bolso uma solução". E o mesmo para os sindicatos de extremarem as posições: "fariam mal por causa da sintonia com a opinião pública", que tem havido até agora.
"Não chegam. É evidente que os problemas existem. Não é suficiente", respondeu o Presidente da República quando questionado sobre se o facto de o Governo insistir neste argumento é suficiente, durante a entrevista conjunta da RTP e do jornal Público, esta quinta-feira, 9 de março.
"É evidente que a realidade económico-social depende muito de como correr a guerra e a evolução da economia cá dentro e lá fora", começou por assinalar, lembrando que "dependermos muito da Europa. Se a Alemanha não arrancar tão depressa como esperado, não é Portugal que arranca sozinho", assinalou.
Sem contestação generalizada
Para o Presidente da República, ainda não se verifica uma "contestação generalizada" apesar das greves e manifestações quase diárias. "Há um clima de contestação social generalizado?", questionou, respondendo que "ainda não há. Porquê? Porque o desempregado tem tido uma evolução contida". E mesmo havendo a dúvida se é conjuntural ou estrutural, "é um sinal de uma tendência para o futuro. E conforme uma coisa ou outra os efeitos sociais são diferentes".
Quanto à contestação dos professores, que considera justa, o Presidente deixa um aviso: "O caminho é negociar. O Governo faz mal em romper, mesmo pensando que tem no bolso uma solução". E o mesmo para os sindicatos de extremarem as posições: "fariam mal por causa da sintonia com a opinião pública", que tem havido até agora.