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S&P sobe "rating" da Grécia devido a avanço nas reformas

O avanço das reformas estruturais na Grécia já está a dar frutos. A agência de "rating" S&P acaba de elevar a notação do país de CCC+ para B- com perspectiva "estável" mas alerta para a necessidade de cumprimento dos compromissos com as entidades internacionais.

Eleições na Grécia e um quase Grexit: Em Julho, o Governo encerrou bancos e impôs limites aos movimentos de capitais. Um referendo a um novo programa de austeridade colocou o país à beira da saída do Euro e a Europa em pânico. Ganhou o 'não' à austeridade mas o Governo de Tsipras negociou um novo memorando.
Negócios 22 de Janeiro de 2016 às 18:53
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A agência de "rating" norte-americana S&P elevou a notação da Grécia de CCC+ para B- [ou seja, do sétimo para o sexto nível do chamado "lixo", a que corresponde a categoria especulativa], com perspectiva "estável", já que os riscos parecem controlados.

Segundo um comunicado da S&P, citado pela Bloomberg, a decisão tem por base a evolução do processo de reformas empreendidas pelo Governo grego, com a economia helénica a dar sinais de uma maior resiliência do que o inicialmente previsto.

Um processo que está em curso desde o Verão passado quando o Executivo grego iniciou a recapitalização do sistema bancário do país e pôs em prática as medidas de consolidação com que estava comprometido.

"Apesar dos múltiplos impactos, a economia tem demonstrado ser mais resiliente do que esperávamos", diz a agência referindo-se ao processo eleitoral, ao referendo, e à imposição do controlo de capitais.

O documento recorda ainda a expectativa sobre a implementação da reforma das pensões, prevista até ao final do mês de Março. Uma das condições impostas pelos credores internacionais para o financiamento do país.

Sobre as perspectivas para 2016, a S&P espera que a economia grega revele uma recuperação mais robusta embora alerte para a existência de alguns obstáculos, como o facto das instituições financeiras gregas continuarem centradas na melhoria dos seus balanços mais do que em aumentarem a sua ajuda ao sector privado.

Além disso, a agência recorda que, no âmbito do resgate, o Governo grego se comprometeu a diminuir os gastos anuais. Um compromisso que se revela ainda mais ambicioso tendo em conta a precariedade da segurança social e do sistema de educação depois de sete anos de cortes.

A entidade norte-americana não deixa de destacar alguns potenciais efeitos positivos, que podem contribuir para uma recuperação acima do esperado durante este ano como a descida do preço do petróleo – com impacto no aumento do consumo, do turismo e dos salários.

No documento, a S&P não fecha a porta a uma nova subida de "rating" se se verificarem os requisitos para uma recuperação económica mais acentuada, como o fim do controlo de capitais e a diminuição do nível de endividamento.

Pela negativa pesa a advertência de uma possível revisão em baixa da notação caso os compromissos com as entidades internacionais não sejam cumpridos.

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