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Sondagens dão vitória a Sánchez mas não dão maioria a ninguém
As sondagens divulgadas logo após o encerramento das urnas atribuem, como esperado, a vitória ao PSOE de Pedro Sánchez. Contudo, confirma-se uma votação fragmentada que não permite vislumbrar uma solução óbvia de governo.
A sondagem da GAD3 para a RTVE atribui entre 116 e 121 deputados ao PSOE e entre 42 e 45 ao Unidas Podemos, um resultado que deixa estas duas forças longe da maioria absoluta. O mesmo verifica-se à direita, pois a sondagem dá entre 69 e 73 deputados ao PP, 48 ou 49 ao Cidadãos e entre 36 e 38 ao Vox.
Assim como a sondagem da IMOP insights para a COPE: PSOE (105 a 120 deputados), PP (67 a 77 deputados), Unidas Podemos (45 a 60 deputados), Cidadãos (40 a 50 deputados), e Vox (35 a 50 deputados). A ERC (esquerda independentista catalã) e o PNV (nacionalistas bascos) surgem como os partidos mais votados entre as forças políticas mais pequenas.
A leitura aos números destas sondagens - não se trata de projeções à boca das urnas, que não foram realizadas, mas de sondagens elaboradas ao longo da última semana - permite algumas conclusões rápidas:
- Esta eleição confirma o surgimento em força do Vox como partido de amplitude nacional;
- Para governar, o ainda primeiro-ministro e líder socialista Pedro Sánchez poderá precisar novamente do apoio de forças independentistas;
- Enorme quebra eleitoral do PP, partido fustigado pelos casos de corrupção e pelo surgimento de forte competição à direita (Cidadãos e Vox);
- Inesperada maior votação do bloco de esquerda face ao da direita (é o que apontam as sondagens da RTVE e do El Español, sendo que o estudo da COPE, assumindo a margem mais elevada de votações, alimenta a esperança de tanto a esquerda como as "direitas" chegarem à maioria absoluta).
Uma das primeiras reações às sondagens vieram do Cidadãos, com o secretário-geral do partido liberal, José Manuel Villegas a admitir que deverá ser uma tarefa "complexa" formar governo com base nos números indicados pelos estudos de opinião, reconhecendo ainda que a hecatombe do PP torna quase impossível a formação de uma "maioria alternativa" a um governo liderado pelos socialistas espanhóis.
Contida foi a reação do PSOE. A vice-secretária-geral Adriana Lastra realçou que todas as sondagens dão a vitória aos socialistas, mas escusou-se a grandes conclusões preferindo aguardar pela contagem dos votos. Por sua vez, o PP destacou a participação eleitoral que terá sido uma das mais elevadas de sempre.